PSP abre processo ao polícia que deu sermão bíblico a três detidos

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O comando da PSP do Porto abriu um processo de averiguações ao caso em que um polícia dá um sermão religioso a três detidos. “Ele não faz parte de nenhuma seita nem era religioso. Era estratégia”, garante fonte próxima.

O Comando da PSP do Porto abriu um processo de averiguações ao caso em que um polícia de uma esquadra local dá um sermão religioso a três detidos. Se se considerar que o polícia violou o seu código deontológico, será instaurado um processo disciplinar, apurou o Observador junto de fonte oficial da Direção Nacional da PSP.

O artigo 3º do código deontológico do serviço policial prevê que os membros da PSP devem promover, respeitar e proteger “direitos fundamentais de toda a pessoa, qualquer que seja a sua nacionalidade ou origem, a sua condição social, as suas convicções políticas, religiosas ou filosóficas” e que “têm o dever de, em qualquer circunstância, não infligir, instigar ou tolerar atos cruéis, desumanos ou degradantes”.

O episódio, algo insólito, foi filmado por um colega de trabalho cuja identidade não foi revelada. Segundo o Jornal de Notícias, o Comando da PSP do Porto está a tentar averiguar quem gravou e, por sua vez, divulgou o vídeo em que o agente da PSP surge a pregar o sermão bíblico aos detidos.

Além de saber quem filmou o vídeo, o Comando da PSP do Porto quer também perceber quem são os detidos, porque leu o agente uma passagem bíblica e porque é que os outros polícias circulam pela esquadra como se estivessem perante uma situação normal.

Ao Observador, uma fonte próxima do polícia que pregou o sermão disse que tudo não passou de uma “estratégia” policial. “Ele não faz parte de nenhuma seita, como estão a pensar, nem é religioso. Ele diz que aquele discurso foi uma estratégia para convencer os detidos a dizer onde tinham escondido o produto do furto.”

De acordo com a mesma fonte, o agente “esteve muitos anos” na Esquadra de Investigação Criminal.

ZAP //

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