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PSP abre processos disciplinares por uso indevido de farda em manifestação

José Sena Goulão / Lusa

Protesto de policias, organizado pelo Movimento Zero

A PSP abriu processos disciplinares, por uso indevido e incorreto do uniforme, a agentes que participaram em 21 de junho, em Lisboa, numa manifestação organizada pelo Movimento Zero, confirmou esta sexta-feira à Lusa o porta-voz, Nuno Carocha.

Vários agentes da PSP que usaram os polos de serviço na manifestação de junho, organizada pelo Movimento Zero, vão ser alvo de processos disciplinares por uso indevido da farda.

A notícia foi avançada, esta sexta feira, pela revista Visão, que dá conta que a infração que pode resultar em penas de suspensão ou multa.

A PSP confirmou “que se encontram em instrução processos disciplinares na sequência do uso de peças de uniforme policial por parte de polícias numa manifestação, contrariando o regulamento de uniformes da Polícia de Segurança Pública (PSP)”

À Lusa, o porta-voz da PSP, Nuno Carocha, disse, sem avançar o número de agentes visados, que, de acordo com o regulamento da PSP, o fardamento policial só pode ser usado pelo agente em serviço.

Segundo foi possível apurar, vários polícias da PSP já foram identificados, e começaram a ser notificados com as respetivas notas de culpa.

Recorde-se que algumas centenas de elementos da PSP e da GNR pertencentes ao Movimento Zero protestaram a 21 de junho, durante cerca de 11 horas, numa concentração que começou em frente à Assembleia da República e que depois se espalhou pelas principais vias de Lisboa num desfile que durou cerca de duas horas e meia e bloqueou o trânsito, não estando este percurso autorizado.

Depois de se manifestarem pelas ruas de Lisboa e de uma passagem pelo Ministério da Administração Interna, os elementos das forças de segurança voltaram para junto da Assembleia da República, onde o policiamento foi reforçado durante a tarde com elementos da Unidade Especial de Polícia, após alguns manifestantes terem vestido o polo de serviço da PSP e da GNR, bem como colocarem o boné da Guarda Nacional República, o que é considerado uso indevido da farda.

O Ministério Público abriu um inquérito à manifestação e a Inspeção-Geral da Administração Interna anunciou um processo administrativo.

ZAP // Lusa

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