O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) da Andaluzia ganhou as eleições autonómicas naquela região, com 47 deputados, sem maioria absoluta, e com os partidos emergentes Podemos (15 deputados) e Ciudadanos (9) a entrar com forte representação no parlamento andaluz.
Com a quase totalidade (99,41%) dos votos escrutinados, o PSOE, com Susana Díaz como cabeça de lista, conseguiu ganhar as eleições e igualar o resultado obtido nas eleições de 2012, quando foi a segunda força política (com 47 deputados).
O grande perdedor da noite foi o PP andaluz (com Juan Manuel Moreno à frente da lista), que conseguiu apenas 33 deputados (ou seja, perdendo 17 assentos face aos 50 das eleições de 2012). Os “populares” apostaram forte na campanha, com cinco presenças do presidente do Governo, Mariano Rajoy, em comícios na Andaluzia.
Ao contrário do PSOE, o PP perdeu votos para todos os partidos, sobretudo para os emergentes Podemos e Ciudadanos, que se apresentaram pela primeira vez a votos na Andaluzia.
O partido de Pablo Iglesias, com Teresa Rodríguez à frente na Andaluzia, elegeu 15 deputados, um resultado importante mas ainda assim abaixo dos 19 a 22 que lhe davam as sondagens, incluindo as que se realizaram à boca das urnas.
Já o Ciudadanos de Albert Rivera (com Juan Marín na Andaluzia) teve uma votação que lhe dá 9 deputados no parlamento regional andaluz.
O resultado de Rivera é ainda mais significativo uma vez que a Andaluzia é uma região conservadora, nacionalista e tradicionalmente de esquerda (o PSOE ganha aqui desde 1982) e o Ciudadanos é um partido de origem catalã e de centro-direita.
No entanto, este resultado do Ciudadanos permite-lhe ser “partido charneira” do PSOE, podendo formar governo na Andaluzia. No próprio dia das eleições, o candidato do Ciudadanos Juan Marín disse que não faria acordos para formar governo, que só governaria se ganhasse.
A Izquierda Unida (comunistas) confirmou os maus resultados que as sondagens apontavam e elegeu 5 deputados, menos de metade dos 12 assentos obtidos em 2012.
/Lusa