“Coreografia horrível”: PS subordinado ao Chega na Madeira, acusa deputado… do PS

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(dr) PS FAUL

Sérgio Sousa Pinto

Sérgio Sousa Pinto não gostou da votação do PS/Madeira, que foi essencial na aprovação da moção de censura do Chega.

O Governo Regional da Madeira foi derrubado nesta terça-feira, devido a uma moção de censura apresentada pelo Chega e aprovada por todos os partidos da oposição.

O voto favorável do PS foi essencial para esta aprovação – e Sérgio Sousa Pinto não gostou desta postura, porque “cola” os socialistas ao Chega.

“É um embaraço para o PS nacional porque há evidentemente um efeito nacional: o PS – ou pelo menos uma parte significativa dele, o PS regional, uma importante estrutura do PS – associar-se ao Chega numa convergência de votos que resulta de uma iniciativa do Chega. Portanto, o PS aparece numa posição subordinada e não a conduzir o processo político regional“.

Na CNN, o deputado do PS lembra que assim foi derrubado “um governo eleito democraticamente, um governo confiado a um partido do nosso regime democrático, o PSD. E derruba ao lado do Chega“.

“Percebo que o PS sinta uma enorme dificuldade em segurar um governo que tem, não só o líder (Miguel Albuquerque), mas também cinco secretários regionais na condição de arguidos. Mas um político responsável tem que equacionar, forçosamente, as consequências das suas decisões”, continua o deputado do PS.

Para Sérgio Sousa Pinto, uma consequências evidente é: “O efeito nacional, porque gera-se aqui uma confusão negativa e embaraçosa para o PS”, porque um governo eleito democraticamente caiu com os votos conjugados do PS e do Chega.

O deputado na Assembleia da República sugere que, se o PS/Madeira “poderia ter apresentado uma moção própria e, depois, cada um votava como queria”, caso entendesse que a única via seria derrubar o governo.

Nesta “coreografia horrível” que coloca “o PS a reboque do Chega, com o Chega a comandar a agenda política regional” e a derrubar um governo democrático, a outra consequência é a terceira eleição em pouco mais de um ano.

“Isto não vai libertar a política regional do bloqueio em que se encontra, vai degradar as condições de governabilidade na Região Autónoma da Madeira… Portanto não serve nenhum propósito útil e ainda corre o risco de reforçar o Chega. Portanto, é uma preocupação que o PS tinha que ter”, reforçou Sérgio Sousa Pinto.

ZAP //

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1 Comment

  1. Quando uma moção de censura é considerada justa por outros Partidos com representação na Assembleia Regional , não vejo qualquer incomodo en ser apoiada por os restantes Partidos . Mas se o Sr. Sergio Sousa Pinto se considera frustrado “ou” …… incomodado , pode sempre mudar para outro Partido . A Democracia não é “propriedade Privada do PSD -Madeira !” .

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