PS recusa negociar OE antes das autárquicas

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Miguel A. Lopes / EPA

José Luís Carneiro eleito secretário-geral do PS

O Partido Socialista rejeita negociar a proposta do Orçamento do Estado para 2026, antes da apresentação formal do documento, dois dias antes das eleições autárquicas. José Luís Carneiro quer concentrar-se, primeiro, nas autarquias.

“Não contem comigo para pôr o carro à frente dos bois”, disse, em declarações ao Expresso, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro.

Os socialistas pretendem, primeiro, tranquilamente, ‘tratar’ das autárquicas: no dia 12 de outubro.

depois estarão disponíveis para uma eventual negociação do Orçamento do Estado para 2026.

Carneiro parece ter aprendido com os erros do sucessor Pedro Nuno Santos, de entrar em negociações prévias para o Orçamento do Estado (OE), antes da sua apresentação formal no Parlamento, a 10 de outubro – dois dias antes da eleições autárquicas.

O próprio Pedro Nuno Santos admitiu que não voltaria a cair nesse erro. E Carneiro segue a fórmula. O PS não vai negociar a proposta, antes da apresentação formal do documento, no Parlamento.

Carneiro põe, assim, para já a responsabilidade do lado do Governo. “Em política há um tempo para tudo e não vale a pena precipitarmo-nos. Nem vejo nenhuma vantagem nisso para o PS”, disse ao Expresso.

“A discussão sobre o Orçamento será feita no tempo próprio e com conhecimento de dados que hoje ainda ninguém dispõe”, acrescentou.

Noutra entrevista à SIC Notícias, esta quinta-feira o secretário-geral do PS sublinhou que só que pensar no OE depois das eleições autárquicas.

Questionado sobre se o PS vai viabilizar o documento, Carneiro preferiu, para já, deixar claros temas o preocupam e que considera prioritários para os portugueses: habitação, aumento do custo de vida, saúde pública, transportes e mobilidade.

Criticando o atual Governo, o secretário-geral do PS considera que se está  a desviar dos assuntos importante e de começar por coisas que não estavam sequer no seu programa eleitoral.

“A AD, no Parlamento, exigiu urgência na votação de matérias sensíveis, diretamente relacionadas com a política externa. O que aconteceu foi que alertámos para o facto de haver matérias que levantavam sérias dúvidas do ponto de vista constitucional e no que respeita à ordem internacional“, disse à SIC.

ZAP //

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