O PS refere no seu programa que apresenta às eleições de outubro que quer rever o atual modelo de nomeações de altos dirigentes do Estado, mas sem revelar como pretende fazer, escreve o Expresso este sábado.
De acordo com o semanário, que avança a notícia este sábado, os socialistas dizem que esta na hora de revisitar a forma como as nomeações públicas são feitas.
Em causa esta uma alteração abrangente que começa nos dirigentes superiores e nos respetivos braços direitos, estendendo-se aos intermédios e acabando nas empresas públicas. No entanto, frisa o Expresso, nem tudo é claro nesta alteração.
No que respeita aos gestores de empresas públicas, o PS é claro em afirmar que estes passarão a ser escolhidos através de um concurso internacional; relativamente a dirigente superiores, o programa apenas levanta “uma ponta de véu”.
O PS quer “rever o modelo de recrutamento e seleção de dirigentes, superiores e intermédios, garantindo a transparência, o mérito e a igualdade de oportunidades, com um modelo de prestação pública de provas”, pode ler-se no programa, citado pelo jornal.
Acrescenta ainda que, uma vez escolhido o dirigente superior, deve-se “permitir a escolha e designação das restantes equipas de dirigentes superiores pelos dirigentes máximos dos serviços e institutos públicos”. Na prática, esclarece o jornal, o presidente de um instituto público ou um diretor-geral vai passar a escolher os seus braços direitos – vogais, diretores-adjuntos e subdiretores -, procurando formar equipas mais coesas.
Por esclarecer fica quem escolhe os dirigentes máximos dos serviços públicos. O programa não explica como é que será feita a seleção nem se esta continuará a ser assegurada pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP).
O Expresso tentou, sem sucesso, obter esclarecimentos junto do PS sobre o tema.
E não irão (também) mudar a receita do Bacalhau à Brás?