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A maioria absoluta do PS “ainda não está no papo”

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No seu habitual espaço de comentário da SIC, Luís Marques Mendes falou da maioria absoluta do PS que “ainda não está no papo”.

A sua análise lembra que o PS está “em alta” entre os 40 e os 41%. Para isso beneficiou da boa gestão da greve dos camionistas, da boa prestação de António Costa em entrevistas e debates e de um outro trunfo, chamado Mário Centeno — que é tão “popular” como o primeiro-ministro.

Marques Mendes falou ainda da nova sondagem, publicada esta segunda-feiram, que mostram que há um crescimento de indecisos, o que faz com que a campanha eleitoral seja “importantíssima” para os resultados.

O comentador referiu, também, que tanto PSD como CDS “nas Europeias entraram em estado de coma e infelizmente lá continuam”. “Estas eleições podem mesmo tornar-se num pesadelo. Para o CDS tudo isto é um pesadelo. Se há um ano o CDS tinha a ambição de liderar o centro-direita e ultrapassar o PSD, agora corre o risco de perder metade dos deputados que tem”.

“No PSD a situação é dramática”, prosseguiu. “Rio corre o risco de fazer ainda pior que Santana Lopes. Pode não ser um drama para Rio, que vai à sua vida. Mas é dramático para o PSD”.

Já “o PAN está a ser um travão ao crescimento do Bloco de Esquerda e está a ser vítima da própria campanha, que “confunde e baralha” os eleitores do Bloco. As suas ideias podem fazê-lo passar à frente do PCP como partido de pressão, também, e porque as ideias do partido comunista deixaram, na sua visão, de ser atrativas.

Dos pequenos partidos, o comentador destaca a Aliança. Marques Mendes acredita que o seu líder, Santana Lopes, possa conseguir um lugar de deputado.

A “vergonha” do caso Rangel

“Uma vergonha para a Justiça e um escândalo para a democracia”. É assim que Luís Marques Mendes resume o caso do juiz Rui Rangel, a quem esta semana foi distribuído um recurso da Operação Marquês, depois de o magistrado ter voltado ao serviço no Tribunal da Relação de Lisboa.

Rangel está a ser investigado por tráfico de influências e esgotou o tempo da suspensão preventiva previsto no processo disciplinar que lhe foi movido. Também já tinha sido impedido pelo Supremo Tribunal de Lisboa de se pronunciar sobre qualquer caso relacionado com a investigação que levou à detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates, mas o sorteio informático trouxe-lhe um recurso deste processo.

O comentador diz-se “indignado” que só o facto de o juiz estar a ser investigado há mais de um ano por crimes como “tráfico de influências, branqueamento de capitais e fraude fiscal” é argumento suficiente para que não se pronuncie sobre qualquer processo-crime., uma vez que um juiz nestas condições “inquina” qualquer confiança por parte do cidadão.

Por isto, ou o próprio devia pedir escusa de tomar decisões até que o seu processo disciplinar e processo crime estejam concluídos por “elementar bom senso” ou o presidente do tribunal da Relação de Lisboa devia fazer o mesmo que fez o do Porto, no caso do juiz Neto Moura, e colocá-lo noutra secção que não a criminal.

O social democrata atira também ao Conselho Superior de Magistratura, que há quase um ano abriu um processo disciplinar, que sabia que o prazo de suspensão preventiva se esgotava ao fim de nove meses e não o concluiu.

Marques Mendes ataca também os responsáveis políticos que se mantiveram em silêncio relativamente a este caso e que nada fizeram para mudar a lei que o permite.

“O primeiro-ministro deu uma palavra? Zero. A ministra da Justiça? Zero. O líder da oposição?” interrogou. “Porque é que os políticos não dizem nada?” Para depois responder: “Porque têm consciência pesada”, concluiu. “É que quando suspeitas desta natureza recaem sobre governantes, deputados ou autarcas, os nossos políticos também fecham os olhos e não exigem aos suspeitos que suspendam as suas funções”, disse.

Um outro tema que Marques Mendes tocou foi o da multa de 225 milhões de euros da Autoridade da Concorrência a um conjunto de 14 bancos suspeitos de partilharem informações sobre spreads de créditos bancários, no que foi chamado o cartel da banca.

“É uma ótima notícia para os consumidores”, disse, criticando a atuação da banca. “Onde é que já se viu os bancos andarem a combinar spreads?”, disse, questionando o que irá acontecer aos gestores que, na prática, o fizeram. “E o que vai fazer o Banco de Portugal e até mesmo o Banco Central Europeu? Vão fazer vista grossa?”.

ZAP //

1 Comment

  1. Vergonha é SIC deixar este papagaio anão fazer-se de comentador, quando é apenas um advogado/negociante mafioso que tanto diz uma coisa como o seu oposto com a maior lata do mundo!…

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