Uma provocação de Cristiano iniciou a reviravolta alemã

Manuel de Almeida / Lusa

Opinião de Dietmar Hamann, depois de um toque “artístico” do capitão da seleção portuguesa, quando a Alemanha ainda perdia.

Cristiano Ronaldo voltou a jogar para dar espetáculo, num momento do duelo entre Portugal e Alemanha no Europeu 2020, mas essa “brincadeira” pode ter impulsionado a derrota portuguesa por 4-2.

O episódio foi visto aos 21 minutos do jogo disputado no sábado passado. Pouco depois de ter inaugurado o marcador, o capitão da seleção portuguesa passou a bola por cima de Antonio Rüdiger e, logo a seguir, olhou para um lado e passou de calcanhar para o outro lado.

Dietmar Hamann acha que esse gesto foi um “disparate” e acrescentou: “Claro que aquilo é incrível e nós sabemos que ele consegue fazer aquele tipo de coisas. Mas acho que, de certa forma, ele está a menosprezar os adversários“.

“Sim, ele é o melhor, ao lado do Messi. Mas está 1-0. Ele parece um tolo“, comentou o antigo internacional alemão, enquanto comentava em direto o jogo Portugal-Alemanha, na televisão RTE.

O ex-jogador do Liverpool deixou um aviso, na altura: “Se perguntamos aos jogadores alemães o que acham disto, eles respondem. Eles repararam naquilo. E até pode ter dado um incentivo extra para dar a volta ao resultado”.

Hamann disse também, mais tarde, que provavelmente a reviravolta alemã começou por causa desse toque artístico de Cristiano Ronaldo.

13 minutos depois desse momento, a Alemanha apontou o seu primeiro de quatro golos contra Portugal.

Curiosamente, no mesmo dia (sábado), o Chelsea publicou um vídeo no qual Rüdiger é o protagonista – e o título do vídeo é “Mesmo que as coisas estejam a correr bem, é preciso ser humilde”.