Projecto Troika: as imagens de um país desolado

Projecto Troika / Facebook

Lara Jacinto fotografou a emigração para o Projecto Troika.

A fotógrafa Lara Jacinto registou a emigração para o Projecto Troika.

Um grupo de oito fotógrafos e um realizador lançou o Projecto Troika, que quer documentar o impacto da troika  e questionar o futuro.

“O Projecto Troika é um projeto documental que tem um objetivo que é produzir reflexões sobre aquilo que se passa em Portugal, mais concretamente sobre quais são os sinais da presença da troika [Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional] em Portugal. E lançar a questão de como será o país depois de a troika abandonar o nosso território, que será para breve, se tudo correr bem”, disse à Lusa Lara Jacinto, que, com os fotógrafos do jornal Público Adriano Miranda e Paulo Pimenta, esteve na génese da iniciativa.

O coletivo lançou o projeto sem apoios externos e está, neste momento, a desenvolver uma campanha de angariação de fundos através da página www.projectotroika.com para reunir financiamento de modo a publicar um livro e um filme, que pretendem que estejam disponíveis em novembro.

“Isto está dependente de como resultar a campanha que estamos a fazer na Internet de recolha de donativos. Não temos qualquer apoio e estamos a recorrer à ajuda das pessoas para pôr o projeto cá fora. O objectivo principal será o livro, que tem o filme. Existem outras coisas que gostaríamos de fazer, mas que estão dependentes dos donativos que as pessoas façam”, disse Lara Jacinto.

Até o fim desta tarde, o projeto já tinha angariado mil euros através do site.

O Projecto Troika partiu da necessidade “de fazer qualquer coisa perante aquilo que está a acontecer”, recorrendo os autores às “ferramentas” que tinham à sua disposição: fotografia e filme.

“E então o que nos acontece? É isso que nos propomos, os nove, documentar através da fotografia e um de nós com um filme. Queremos mostrar as consequências e resultados na sociedade portuguesa das intervenções impostas a todos nós”, referem, na página do projeto.

/Lusa

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