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Professores portugueses são dos mais velhos e mais bem pagos da OCDE

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SESI SP / Flickr

Os professores das escolas portuguesas, assim como os diretores ganham, em média, mais do que outros trabalhadores com formação superior, uma tendência que contraria a maioria dos países da OCDE.

Segundo o relatório Education at a Glance 2018, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), “ao contrário da maioria dos países da OCDE, os professores em Portugal ganham mais do que os restantes trabalhadores com formação superior. Comparativamente, também os diretores das escolas estão entre os que ganham mais”.

Os dados revelados nesta terça-feira mostram que só os professores do Luxemburgo recebem mais do que os portugueses quando se compara o seu rendimento médio com os salários de trabalhadores com formação superior semelhante.

Luxemburgo, Portugal e Grécia são os três países que surgem no topo desta lista comparativa da OCDE, que coloca ainda os alemães e os finlandeses em 4.º e 5.º lugares.

Por cá, “os professores ganham, desde o ensino pré-escolar até ao secundário, mais do que os outros trabalhadores com formação superior, variando entre 35% mais no ensino básico e secundário até 50% mais no ensino pré-escolar”, lê-se no estudo.

No entanto, esta é uma situação que não pode ser dissociada da idade dos professores, já que o salário vai aumentando com os anos de serviço e experiência.

E, nesse campo, Portugal tem a classe docente mais envelhecida da OCDE: Entre 2005 e 2016, as escolas portuguesas viram aumentar em 16 pontos percentuais os docentes com mais de 50 anos, ao passo que nos restantes países, o envelhecimento foi, em média, de apenas três pontos percentuais.

Em 2016, apenas 1% dos professores das escolas do ensino básico e secundário portuguesas tinha menos de 30 anos, enquanto na OCDE representavam 11%. Já os docentes com pelo menos 50 anos eram 38% do total dos portugueses.

Em Portugal, “o salário de um professor no topo da carreira é duas vezes superior ao de um professor em início de carreira”, segundo contas feitas pela OCDE.

Quando começam a trabalhar, todos os docentes portugueses recebem cerca de 28.500 euros anuais, independentemente de estarem numa sala da pré-primária ou com alunos do secundário.

Uma realidade diferente da de muitos países da OCDE, uma vez que a média dos vencimentos vai aumentando consoante se vai estando responsável por ensinar uma turma de alunos mais velhos.

Os números do relatório mostram que no pré-escolar os professores da OCDE ganham, em média, menos do que os portugueses, mas no secundário já têm um ordenado superior.

Diretores também ganham mais

No caso dos diretores, o vencimento em Portugal chega a ser o dobro quando comparado com outros trabalhadores com a mesma formação académica, independentemente de estarem à frente de uma escola de ensino pré-primário ou uma secundária, segundo as contas apresentadas no relatório.

“Este rácio é um dos mais elevados da OCDE e muito acima da média da OCDE”, lê-se no documento, que sublinha que um salário atrativo é um “passo importante para recrutar, desenvolver e manter professores altamente qualificados e capazes”.

Os docentes portugueses aparecem no relatório como um grupo privilegiado em relação aos colegas estrangeiros no que toca ao horário: “Em Portugal, os professores desfrutam de um horário mais leve do que a média da OCDE e têm, comparativamente, mais tempo para atividades não docentes, como preparar aulas e corrigir trabalhos de casa”.

Por exemplo, os professores portugueses do ensino secundário têm de dar 616 horas de aulas por ano, enquanto a média na OCDE é de 701 horas anuais. Cá, os docentes têm de estar 920 horas na escola, enquanto a média nos países analisados é de 1.178 horas anuais, segundo as contas apresentadas no relatório.

No entanto, também aqui é preciso ter em conta o fator “idade”, uma vez que a carga de trabalho e as exigências vão evoluindo ao longo da carreira e, em Portugal, um país com uma classe bastante envelhecida, os professores têm direito a uma redução de carga horária após determinados anos de serviço.

// Lusa

75 Comments

  1. Que bela notícia, fantochada pura. Neste momento com 15 anos de serviço recebo menos 10000 iliquidos do que dizem na notícia como sendo o salário em início de carreira. É assim se vai manipulando a opinião pública.

      • Caro Aristides, vou a caminho dos 80. Por isso vou tendo tempo de passar por aqui.
        Mas o que disse (e estou à espera que aqui apareça um longo comentário que fiz a seguir a este), é com conhecimento de causa.
        Disse que «a notícia é tendenciosa». Talvez devesse ter dito que parece tendenciosa, porquanto se ela se tiver cingido ao Relatório da OCDE apenas é notícia. Nesse caso será o dito Relatório que peca por imprecisões ou omissões.

  2. E mais bem pagos da OCDE ?!?
    Ai os manganões que andam a enganar os contribuintes !
    Vamos lá ter peninha desta classe, onde metade das baixas são fraudulentas, e onde se escondem por detrás de um alto criminoso comunista que nunca trabalhou e tenta manter o seu poder sindicalista.
    Felizmente há professores sérios. Infelizmente são muito poucos.

    • Caro Joaquim!
      Seja como for, é na pré-primaria que começam os bons princípios e os valores éticos!
      Tão importante é esse professor como o dos 7º, 9º ou 12º. Não sou professor mas sou pai de educandos.
      Parece-me bem que os professores recebam vencimento digno da importância que tem na sociedade.
      Náo vejo ninguém incomodado com os vencimentos dos políticos.
      Sem professores não haverá médicos, engenheiros, arquitectos, advogados. Eles são o factor de sucesso de desenvolvimento cultural de um povo e consequentemente dum país!. Porque tanta inveja e vontade de nivelar por baixo o rendimento do trabalho dos professores?

  3. …lol…lol… lá veem os “palhaços dos jornaleiros” com a desinformação !!! noticias falsa como diz o Trump… haja vergonha nos jornaleiros… patetas…

    • Eles que vão mas é trabalhar. É só baixas fraudulentas, férias de 2 meses por ano, emprego para a vida, nem as 35 horas por semana fazem. E anda um país a pagar estas merdas

  4. Esta noticia é uma aldrabice e tem claramente como objectivo enganar os leitores e vira-los contra esta classe profissional.
    Um professor no inicio de carreira ganha por ano 21000€ sem descontos, com descontos esta quantia reduz-se para 15400€.
    O jornalistas que publicaram estes dados da OCDE, deviam, em primeiro lugar, ter feito algum verdadeiro trabalho jornalístico.
    Deviam ter vergonha…!

      • Não interessa o que tu “és”; interessa o que tu fazes!!
        E, pela “qualidade” do teu comentário, provavelmente nem esses 1000€/mês mereces!…

      • Tu és apenas burro todos os dias da tua vida, por muito que te esforces do contrário. E não percebeste o essencial. Também não te irei explicar porque nunca irias entender. És curto de cabeça!

      • Já os Srs professores e o seu sindicalista, esses sim, merecem tudo e mais alguma coisa.
        Para desgraçar o país só está classe (trabalhadora) chega,
        Mais vampiros para quê?

      • Boa…
        Agora os professores é que estão a desgraçar o país… esses bandidos!…
        Bons para o país são os das PPP’s, PT, EDP, BPN, BES, etc, etc…
        Engraçado que conheço vários professores e nenhum ganha os valores aqui apresentados!…

      • Está calado imbecil. Andamos a sustentar estes chulos e outros funcionários públicos que comparativamente com o privado auferem valores muito superiores, trabalham menos horas e têm emprego para a vida. E quanto a ti, não passas de um burro. E dos grandes. Nem sei se alguma vez terás entrado numa sala de aulas. Duvido muito. És um asno.

      • Não querem 9 anos, 4 meses e 2 dias. Esse tempo é deles por direito. Será que ainda não entendeu?
        O resto que aqui escreveu, aliás como essa dos 9 anos, é de quem está por fora de tudo. Esclareça-se primeiro.

      • Pois é, Malandros, essa de ser doutorado, trabalhar há 18 anos e ganhar limpos 1000 euros mês deixou-me a pensar e cheguei à seguinte conclusão: ou não é doutorado, ou se é desempenha funções menores, que nada têm que ver com a sua formação académica, ou não ganha só 1000 euros/mês, ou se calhar até nem existe.
        Sabe por que digo isto? É que conheço quem só tenha a antiga 4ª classe e ganhe um pouco mais.

      • Pois, eu conheço muitos doutorados que ganham menos de 1.000€ por mês e outros que nem ganham nada, porque estão desempregados.
        Já agora, não é por ser doutorado que automaticamente se deve ganhar mais ou menos, até porque muitos doutoramentos são…, mas isso era outra conversa.
        Agora que os professores, tal como a função pública em geral, ganham mais do que aquilo que deviam num país como o nosso, pobre e devedor, tenho poucas dúvidas em relação a isso, ainda mais atendendo à fraquíssima qualidade de uma grande parte dos professores. Muitos deles se estivessem num mercado de trabalho concorrencial e ganhassem de acordo com a riqueza que produzissem, então praticamente não ganhariam nada…
        A questão é que num país como o nosso, pobre e devedor, em que havia uma crise do Estado, se passou essa crise do Estado para a população em geral e para o privado em particular, que é quem está a suportar em grande medida a “saída da crise” da função pública.

      • Pois, quando o Costa diz que acaba com a austeridade e repõe o que o ladrão Sócrates começou a cortar, mas simultaneamente aumenta IMI, IUC, IA, Imposto sobre Combustíveis, então a austeridade não acabou, o que aconteceu foi que em grande parte a austeridade foi transferida do Estado para os privados.

      • “ainda mais atendendo à fraquíssima qualidade de uma grande parte dos professores”
        Vê-se falas dos teus professores e isso nota-se (e já se sabe que hoje em dia a culpa nunca é dos alunos, por isso é que em países com a França, etc, os alunos nem sequer chumbam!), mas não deves generalizar; os meus, tirando um ou outro, eram (no geral) de razoáveis a bons!…
        Concordo que certos funcionários públicos “antigos” ganham/ganhavam demais comparado com o resto da população e com a função que desempenhavam (além das regalias e do emprego para a vida!), mas hoje já não é assim…
        Tenho vários amigos professores e acho que, no geral, são mal pagos!!
        Quem ganha demais são os assessores de políticos e companhia que nem sequer foram eleitos (e não tem que dar a cara) e ganham balúrdios sem qualquer justificação/utilidade, só porque são amigos de certas pessoas!

      • MALANDROS
        Se és doutorado e ganhas 1000€ é porque a qualidade do teu trabalho não deves valer nem esses mil.
        Se és doutorado e te consideras mal pago relativamente aos professores, então vai ministrar aulas. Resolves o problema. Não te ponhas é a manifestar impulsos de inveja sobre aqueles que te fizeram Doutor!.
        Triste corrente de pensamento esta que vigora no reino.

    • em suma 1500eur mes. adse. possibilidade de «grevar» a 6ª ou 2ª. o direito a todos os efes: ferias, fins de semana, folgas , faltas e f…. o juizo aos pais que tem que ficar em casa faltando ao trabalho em todos os dias dos v/efes. anexa-se as licencas e pronto. 9 anos nao sei quantos meses e um porradao de dias. esta na altura de quem nao estiver bem mudar-se para o privado e comer aí sim o pao que o diabo amassou na luta por ganhar o pao nosso de cada dia

      • Ó é tavares, os desabafos toleram-se. Mas nem tudo faz sentido.
        Por exemplo quando se refere à ADSE. Que é que a ADSE tem que ver com a sua “revolta”? Não vê que a ADSE é paga pelos funcionários do Estado, não é por si, nem pelo Estado.
        Mas o Serviço Nacional de Saúde, a que você recorre quando necessita, é pago pelo Estado e por todos os contribuintes, incluindo os funcionários públicos. Você não desconta nada para o S. N. S.
        Não sabia? Então para o próximo desabafo não meta a ADSE no barulho.

  5. O artigo é completamente falacioso.
    Sou Professor do Ensino Básico e Secundário público há 27 anos.

    O meu salário base são 1500 €, 1080 € líquidos por mês!

    Isto corresponde ao escalão onde a maioria dos docentes se encontram.

    • nao me leve a mal, mas nao acredito em si. tem alcavalas certo? pode sempre publicar o seu recibo tapando o seu nome, nif e local de colooacao bem como a conta de domiciliacao do vencimento que a ser verdade serei o primeiro a pedir-lhe desculpas publicamnete

      • Ó é tavares, o homem deu o nome, que é como quem diz, a cara. E você diz que não acredita e tem o desplante de lhe perguntar se tem alcavalas!
        Talvez o Luis Pacheco tenha arredondado o valor para 1500 em vez de 1518 euros. E para se manter nesse escalão é porque circunstâncias várias, nomeadamente a suspensão da contagem do tempo de serviço, que vai nos tais nove anos e tal, não permitiram a transição para o escalão seguinte que é de 1709 euros.
        Leia o meu longo comentário que já cá chegou.
        Cumprimentos.

      • Ó Sérgio O. Sá, mas você é ingénuo? Então acha que quem escreve o nome tem de escrever o seu nome verdadeiro? E mesmo que assim fosse, acha que apenas existe um Luís Pacheco Cunha no mundo?
        Evidencia essa ingenuidade e ainda tem o desplante de se “atirar” a quem tem 2 dedos de testa???
        Essa ingenuidade e essa visão truncada da realidade explicam muitos dos seus comentários…

      • Pois é, Luis Vaz de Camões, é verdade que a minha visão já não está bem, fruto da idade e de cirurgias. Mas Você é cego de um olho.
        Qual de nós estará melhor?

      • Eu, certamente. Por alguma razão se diz que em terra de cegos quem tem um olho é rei…

    • Caro Luís Pacheco Cunha
      Se diz que a notícia é tendenciosa não sei bem o que dizer da informação prestada por um professor que com 27 anos de serviço (li bem?) diz que ainda está no 1.º escalão. Já viu bem que descontados os tais 9 anos 4 meses e 2 dias ainda assim lhe dá cerca de 18 anos para progredir? É que se diz que está no 1.º escalão, significa que está no quadro e aquele tempo já lhe contou. Assim, numas contas feitas muito rapidamente, deveria estar posicionado no 4.º escalão, cujo vencimento ilíquido é de 1.982,40€.

  6. Mais bem pagos só os que atingem perto do escalão máximo e esses são muito poucos!
    Façam uma noticia completa e não apenas o que vos apetece escrever!!!

  7. Estou farto de dizer isto. Os funcionários públicos são demasiado bem pagos em Portugal comparativamente, claro está, com o resto da população, nomeadamente com os mesmos cargos no privado (veja-se professores, enfermeiros e por aí fora). Isto tem sido tudo a mamar na teta do Estado que todos nós andamos a suportar há décadas com os nossos impostos.

    • Ó Chulos, se soubesse mais estaria calado. É que eu conheço situações de trabalhadores no sector privado, com apenas o ensino básico e alguns nem isso, que ganham mais do que professores. Então como é?

      • Dão lucro! Não fazem greve! Reclamam pouco! Trabalham sábados domingos,feriados, e á noite, tiram férias uma vez por ano se der, e nos meses frios, etc.. Eu conheço muitos que ganham muito e pagam muitos impostos que serve para além de outras coisas para pagar muitos professores públicos e outros que tal, que têm mais privilégios que eles, e reclamam muito. E tb conheço muitos que ganham tão pouco que 20000, 25000, 28000€ por ano é quase um ultraje e alguns bem mais qualificados que professores.

      • Pois é, meu Caro, mais um comentário útil, o seu. É mais uma ajuda a quem tiver a pachorra de nos ler, pois deixa transparecer a ideia de que ainda há gente que gostaria que o tempo tivesse parado há séculos atrás.

        Como sou de compreensão lenta, gostaria que me ajudasse a entender o que é DAR LUCRO, o que são MAIS PRIVILÉGIOS e, no final do seu comentário, o que significa ser BEM MAIS QUALIFICADOS QUE PROFESSORES.
        Desde já o meu obrigado.

      • HétambomserFP
        Eis um post completo!
        Consegue em oito linhas reunir do autor as suas grandes qualidades!
        A parvoíce, a má formação, iliteracia e a ignorância!.
        Bem que este precisa dos professores. Mas não sabe!.

    • Os outros é que são mal pagos, meu caro!
      Não é por descerem os vencimentos de uns que
      o dos outros aumenta.
      E em vez de nos atirarmos uns contra os outros
      dever-nos-íamos unir para lutar contra isso!

  8. Esta noticia é toda ela incorrecta! Não pretende informar mas sim desinformar! Então os professores ganham mais que os médicos, os juízes, os economistas e advogados que trabalham para o Estado? Acho que não!
    Os professores em início da carreira ganham pouco, estando sujeitos às despesas resultantes das deslocações para longe de casa, do aluguer de quartos ou casa e não há ajudas de custo para ninguém, como muita gente pensa. Os salários elevados que são apontados para final de carreira são também fictícios, a realidade é bastante diferente. E o tempo de trabalho não diminui com o avanço da idade, é treta! O que diminui é o tempo letivo, sendo substituído por outras atividades na escola, muitas vezes geradoras de trabalho extra, que não ensinar.
    Há tabelas dos salários praticados na função pública que podem ser consultadas e dissipam dúvidas e evitam que os jornalistas escrevam notícias destas, chamativas mas falsas. Outro aspecto que merece reflexão: o timing desta notícia. Terá sido publicada agora porque há greves de professores no horizonte, não?

    • Pela sua frase “Então os professores ganham mais que os médicos, os juízes, os economistas e advogados que trabalham para o Estado? Acho que não!” recomendo-lhe que leia novamente a notícia. Se ainda assim não perceber, leia uma segunda vez. Se mesmo à segunda vez (que na realidade será a terceira porque antes de comentar pressuponho que tenha lido uma vez) ainda não perceber, inscreva-se numa escola mas enquanto aluno e não professor. Estamos a falar em valores relativos e não absolutos. Se também não é familiar com este conceito inscreva-se nos primeiros anos do primeiro ciclo em matemática e irá compreender.

  9. Há meias verdades que, quando interessa…, se transformam em verdades inteiras, assim como há mentiras que podem ser tidas como verdades. Dependem da origem e a quem se dirigem.
    Começo pelos cálculos que fizeram para dizerem que os professores do Ensino Básico e Secundário ganham mais do que os outros trabalhadores com formação superior. E apresentam números que até espantam quem lê a notícia. Números que vão dos 35 aos 50%, referindo-se, neste último caso aos educadores e professores do pré-primário.
    Perante isto apetece perguntar: para que um professor — com 15 ou 20 anos de carreira e cujo salário bruto seja de 1 518 euros/mês (2018) — ganhe mais 35% do que um engenheiro, um arquitecto, um arqueólogo ou outro técnico superior com igual tempo de serviço, de uma câmara municipal ou outro organismo público, estes técnicos não poderão ganhar mais do que 1 130 euros brutos. Será assim?
    E se se tratar de um educador de infância ou professor da pré-primária com o mesmo vencimento daquele outro professor (1518 euros), os outros funcionários referidos como exemplo só ganharão 1000 euros/mês?
    E no sector privado, que engenheiro, economista, jurista, etc., se contentaria com tal esmola?
    É verdade que o salário de 1518 euros é dos mais baixos, mas é o salário de milhares de professores. E se o mais elevado vai para o dobro, no topo da carreira, a maior parte dos docentes fica pelo caminho o que não acontece com outros profissionais que, não tão sujeitos ao desgaste que atinge os docentes, procuram ir tão longe quanto possível.
    Sobre idêntico assunto, numa notícia divulgada também pela LUSA, em Outubro de 2016, lia-se que «os salários médios dos professores portugueses estão próximos do valor mínimo» e acrescentava a razão de assim ser: «Em parte porque os professores portugueses estão entre os que demoram mais tempo a chegar ao topo da carreira».
    Voltando à notícia de hoje, ela parece falha de isenção. Peca por referir aspectos omitindo outros, o que não contribui em nada para uma informação credível. Não sei se a culpa é da LUSA ou se é o Relatório da OCDE que falha. O que se observa são mentiras e inverdades de lamentar. Afirmar que «quando começam a trabalhar todos os docentes recebem 28 500 euros anuais é mentir. Com que intenção? Para que fique claro, utilizando números do corrente ano, um professor no início de carreira recebe por ano 16 041.06 euros. E uns largos milhares de docentes com 15 e mais anos de trabalho ainda recebem só 22 092 euros brutos por ano.
    Do mesmo modo dizer que os nossos docentes aparecem no relatório da OCDE como um grupo privilegiado em relação aos colegas estrangeiros, no que toca a horários, e não esclarecer por que razão isso acontece é falsear a questão. É que não estão na escola, mas trabalham em casa. E o resto dos professores da OCDE, trabalham? E, já agora, precisam de se consumir tanto como os nossos docentes? É que em Portugal ainda se reprova, ainda há retenções de alunos. E nos outros países?

    Muito ficará por dizer. Mas por agora basta.

  10. So agora sabiam?!.. os professores sao uma classe privilegiada desde ha muito em portugal… mas como dao muitos votos todos os governos cedem perante eles! E o resto paga!

  11. O artigo diz que cá os docentes têm de estar em média 920 horas na escola. 920/7 = 132 dias, 132/22= 6 meses (+ 1 mês de férias). Os que estão efetivos todo o ano o que fazem quando não dão aulas???? Se não têm de estar na escola onde estão? Alguém sabe? Será que estão fora da média e ficam 7×22 dias =154 horas, 154×10,5 meses (para contar feriados e férias)= 1694 horas na escola?

  12. Pelo nível geral da globalidade destes comentários, fico a pensar se os Portugueses são Burros porque pagam mal aos Professores ou se pagam mal aos Professores porque são Burros.

      • Sim, é claro que, pelo resultado final, se nota que os teus professores não mereciam o que ganharam… ou, se calhar, a culpa não foi deles!…

      • Pois, de facto muitos dos meus professores não mereciam aquilo que ganhavam e o bom resultado final não foi culpa da generalidade dos professores que tive. Grande parte do meu sucesso estudantil e profissional deveu-se ao esforço próprio em tentar suprir as lacunas de quem era pago para me ensinar, a bons manuais e livros a que tive acesso e a uma pequena minoria de bons professores que mereciam aquilo que ganhavam.
        Mas isto não é novidade para ninguém, pelo menos para a generalidade dos bons alunos…

      • Bem, não será novidade para quem vive em zonas manhosas (tipo bairros sociais ou subúrbios), já que o resto da população tem uma opinião diferente!…
        Mas, nota-se que és um daqueles sabichões que sabe sempre mais do que os professores!…

  13. Caro Luís Pacheco Cunha
    Se diz que a notícia é tendenciosa não sei bem o que dizer da informação prestada por um professor que com 27 anos de serviço (li bem?) diz que ainda está no 1.º escalão. Já viu bem que descontados os tais 9 anos 4 meses e 2 dias ainda assim lhe dá cerca de 18 anos para progredir? É que se diz que está no 1.º escalão, significa que está no quadro e aquele tempo já lhe contou. Assim, numas contas feitas muito rapidamente, deveria estar posicionado no 4.º escalão, cujo vencimento ilíquido é de 1.982,40€.

  14. Sou prof.. tenho 25 anos de serviço enconto-me no 3° escalão e recebo ilíquido 1850€x14=25900€. Está noticia informou-me que me encontro realmente no início da minha carreira. Portanto tenho de trabalhar mais 45 anos para poder chegar ao topo da carreira, digo o 10° escalão. É com notícias destas que se faz a cabeça das pessoas e as leva a acreditar em tudo o lhes dizem. Está notícia é falsa e não apresenta o quadro dos países onde foram feitas as médias e o grau evolutivo da carreira, tanto no início e como no fim. É até é o jornalismo barato e sensacional que o Zé povo gosta e perde tempo.
    A. G.

  15. A minha esposa com 27 anos de professora (secundário) Licenciada (5 anos) pela Universidade de Letras de Lisboa, profissionalizada e dos quadros do ME (as 3 condições desde os 24 anos), ganha 26 118.66 eur /ano (declaração IRS 2017).
    Como é possível a noticia afirmar que “Quando começam a trabalhar, todos os docentes portugueses recebem cerca de 28.500 euros anuais, independentemente de estarem numa sala da pré-primária ou com alunos do secundário”?….

  16. 1º – Notícia enviesada e deturpada que tenta virar um país contra um grupo profissional! Parece nos tempos do passos, em que atacaram todos colocando-(n)os uns contra os outros.
    2º – Os professores deveriam ser, na minha modesta opinião, dos trabalhadores mais bem pagos. Além de terem de aturar as faltas de educação de muitos filhinhos mimados, não é com salários baixos que se atraem os melhores profissionais para a docência.
    3º – Há abusos no caso das baixas entre os professores, mas também nas outras classes profissionais, e seguramente nas mesmas proporções. É preciso acabar com TODAS as baixas fraudulentas, seja de professores ou de outros.

    Estas notícias recentes (salários e baixas fraudulentas) visam, na minha opinião, apenas tentar enfraquecer a negociação dos professores.

  17. Em 2013 fui despedido (adm de insolvência) com 5 meses de salário por me pagarem, até hoje não recebi nem esses 5 meses. Emigrei 4 anos (Alemanha) e voltei. Agora que a troika foi embora será que me devolvem o emprego que tinha??? Vão à merda professores da treta… Sabem lá o que é responsabilidades e trabalhar… Hipócritas da merda, os alunos chumbam e a culpa é sempre da sociedade (pais e alunos) vocês não têm culpa nenhuma…. Incompetência não faz parte do vosso vocabulário…. Não ganham o suficiente, procurem melhor…. Mas depois não se arrependam…..

  18. puxa se ser professor é assim tão mau? então porque todos querem ser professor? eu desde 2005 que não tenho aumento, avia de ser como no privado, se trabalhas tens direito a algo, coisa que na fonção publica nada fazem mas tem tudo, meu frofessor de geografia passava mais tempo a falar da vida e da naturesa do que dar aulas e era do segundario, minha de inglês para trabalhar não podia por estar muito doente para dar as aulas, mas para as discotecas ir para as festas sempre boa para isso e tão bem do segundario, tenho a mãe de um amigo está reformada e por mês recebe 2500 euros limpos, por isso será que anoticia está assim tão falça, toca a ir trabalhar e serem utez para servirem Portugal.. malandros soides bem

  19. alem de ser animal, acha que ele sabe mais alguma coisa, para um professor mostra que não é grande caca ao não saber respeitar a opinião dos outros, realmente deve ter sido um grande professor seu parasita, estar por traz de um computador é fácil, talvez na minha frente não seria tão homem seu animal de vaixo nível, mas talvez me sujar com caca seria porco de mais, vai te tratar seu parasita, não presta

  20. deve ter sido mesmo um grande professor, mostra ao não saber respeitar os outros, mas claro mostra que afinal temos razão, afinal querem ganhar muito e serem fracos no trabalho, isto é para o grande eu, que falar por traz de um pc é muito forte, mas talvez seja um grande covarde, mas pronto talvez seja melhor assim que iria me sujar com coisa tão suja, o que acho é que bloquear resposta a essa coisa são feitas, o que podia se fosse eu era bloquear o ip e talvez as coisas se tornava mais limpo e bem mais agradável

    • Ora aqui está um exemplo de cultura, educação e, principalmente, de inteligência!…
      Há dois provérbios que se aplicam perfeitamente a personagens como tu:
      “A ignorância é atrevida”
      “Quem não tem vergonha, todo o mundo é seu”

  21. tens toda a ra~zao, afianl vejo que sabe admitir o que é, feliz ver que sabe que é um malcriado e por ai fora, bom ver que sabe quem é, eu não iria conseguir tão bem o descrever como o fez..

  22. Não li os comentários todos, mas parece-me que o problema não é os professores ganharem mais que os outros licenciados. O real problema é os outros licenciados ganharem, em muitos casos, pouco mais do ordenado mínimo. E estes casos é que deveriam ser comparados com outros países da Europa…

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