A média dos salários reais dos professores caiu durante os Governos de António Costa. Mas, ainda assim, os docentes do ensino obrigatório ganham mais 42% do que a média dos restantes trabalhadores licenciados.
O descongelamento dos salários dos professores, em 2018, permitiu-lhes recuperarem, gradualmente, os vencimentos até 2022. Apesar disso, os docentes do Ensino Secundário perderam salário real entre 2015 e 2022, devido aos efeitos da inflação.
O dado consta do relatório “Education at a Glance 2023” da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que analisa 48 países.
A média dos salários reais dos professores caiu 1% entre 2015 e 2022, uma divergência relativamente aos restantes membros da OCDE, onde subiu 6%, segundo o documento da OCDE.
Entre os países da União Europeia, os salários reais aumentaram 4% nestes oito anos. Eslováquia e Polónia surgem à frente com aumentos de 8% respectivamente, enquanto que na Alemanha subiram 4%, e em França 2%.
A maioria dos professores nacionais do terceiro ciclo ganha menos oito mil euros anuais do que a média da OCDE.
No caso dos docentes com 15 anos de experiência, o ordenado médio bruto é de 41.287 euros anuais enquanto que a média da OCDE é de quase 50 mil euros.
Professores ganham mais 42% do que outros licenciados
Apesar desta queda nos salários reais, os professores portugueses do ensino obrigatório ganham “mais 42%” do que a média dos restantes trabalhadores licenciados. Um dado que a OCDE explica com o facto de ser uma classe muito envelhecida, com a maior parte dos docentes no topo da carreira.
Portugal também regista uma das maiores diferenças entre os valores máximos e mínimos dos salários pagos aos professores. A diferença no ordenado anual é de 36.917 euros, sendo que os salários menores rondam os 31 mil euros anuais.
Custo médio de um professor por aluno é de 3791 euros
O relatório da OCDE indica ainda que, em Portugal, o custo salarial médio de um professor por aluno é de 3791 euros, o que constitui mais 427 euros do que a média da OCDE. É também uma subida nacional de 16% face a 2015.
“Esta diferença pode ser explicada por quatro factores: salários mais elevados dos professores aumentam os custos (em 50 euros), horas de ensino acima da média reduzem os custos (em 469 euros), tempo de instrução dos alunos acima da média aumenta os custos (em 442 euros) e turmas mais pequenas aumentam os custos (em 403 euros)”, explica a OCDE.
Em comparação com os outros países analisadas pela OCDE, Portugal gasta menos 14% por aluno do que a média.
No período entre 2015 e 2021, o Governo de Costa investiu cerca de 10 mil euros por estudante, menos 1700 euros do que a média da Organização.
Onde o país gasta menos, em termos de investimento nos estudantes, é no Ensino Superior, de acordo com a OCDE.
Não sei de que professores portugueses estão a falar, pois com mais de trinta anos de bom e efetivo serviço o meu ordenado bruto anual é 32 618,6 €, que líquido se transforma em 20 804,84 €. Um professor com mais de 16 anos de serviço receberia bruto 29 023,89 € sem os congelamentos na progressão, mas por este facto este é o valor bruto anual da maior parte dos professores com pelo menos 22 anos de serviço.
Não andem a enganar a opinião pública. Cinco minutos de pesquisa na internet chegam para perceber que a informação apresentada é falsa!
Sendo assim tão bom, 42%?? a mais que outros licenciados, porque é que há falta de professores? Provavelmente, quando se pensa em tudo o que os professores têm que fazer (burocracia) e ainda em casa, a tudo a que estão sujeitos em ambiente escolar, a distâncias enormes de casa, etc provavelmente esses ditos 42%?? não valem assim tanto a pena.