Apresentava certificados de habilitações falsos nas escolas. Manuais vão continuar à venda. Ministério da Educação exige perto de 350 mil euros à docente.
Uma mulher é acusada de ter lecionado a disciplina de Matemática durante 30 anos sem ter as qualificações necessárias.
Além de atuar como professora, foi coautora de vários manuais escolares, alguns certificados pela Sociedade Portuguesa de Matemática, avança o jornal Público este domingo.
O caso foi denunciado anonimamente à Inspeção-Geral de Educação em 2021. Nas escolas onde lecionou, a ‘falsa’ professora, que terá dado aulas quase sempre no mesmo estabelecimento, apresentou certificados de habilitações falsos.
Agora, o Ministério da Educação está a pedir em tribunal à suspeita 350 mil euros pela fraude.
Quando confrontada, Paula Pinto Pereira afirmou ser licenciada e ter realizado um mestrado na Universidade da Madeira, com defesa da tese em Cambridge.
Apesar das acusações, os pais dos seus alunos elogiam o seu desempenho e lamentam o seu afastamento, que deixou uma turma do 11.º ano sem aulas por três meses.
Apesar do caso ter sido exposto, os manuais que coautorou continuam à venda.
“Não é nada que me choque por aí além”, confessa José Carlos Santos à CMTV: “Os manuais escolares são feitos por vários autores.”
A própria tutela confessa que é possível contornar o sistema.
“Este caso mostra a fragilidade do sistema de informação do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, nomeadamente no que diz respeito ao estado incipiente em que ainda se encontra o registo biográfico dos docentes”, reconhece a tutela: “A docente manteve-se durante vários anos em exercício de funções no mesmo estabelecimento de ensino, estando, por isso, menos exposta a mecanismos e momentos de análise e verificação de documentos.”
Conheço muita gente, que não tendo diplomas, são muito melhores que os que se escondem atrás dos “canudos”.
Efeito de halo…
Se tivesse como ministra não seria problema, tal como o José Sócrates e o seu curso de engenharia!
Preocupam-se mais com o canudo do que com o conhecimento e pedagogia….
Ao fim de 30 anos, se afirmam ser boa professora, então porque não fazem provas para comprovar os conhecimentos dela?
Se calhar este caso serve para mostrar que não é necessário canudo para dar aulas. Talvez apenas o 12º ano e um exame que mostre se a pessoas tem conhecimentos para as matérias, seja suficiente. Pode até ser uma forma de arranjar mais professores.
Em vez de ser um problema, o ME devia encarar este caso como uma oportunidade. Mas à boa maneira tonta dos tugas, ainda lhe estão a pedir uma idemnização absurda, como se tivesse prestado um mau trabalho.
Falsa? Onde?
Por não ter diploma?
Mas se escreveu um livro, como é falsa?
Enfim, ainda pensamentos medievais…
Presumo que ir ao curandeiro que pratica “medicina” sem diploma também seja um pensamento medieval…
O que importa são os resultados obtidos nestes 30 anos, não são os canutos que ensinam e fazem bons professores.
Se calhar era melhor e mais justa que muitos com canudos!!!
Então, se era boa como professora, seria também boa como aluna, e submeter-se-ia às mesmas provas que os colegas que seguiram as vias normais. Lá porque o desempenho como professora foi aparentemente bom, a julgar pelo artigo, não a iliba de seguir os tramites dos demais candidatos a professores.
Um autodidata é alguém que aprende sozinho. Se o conhecimento tiver sido adquirido, que importância tem não possuir um diploma formal? Façam-lhe um exame sobre matemática e, se ela passar, dêem-lhe um diploma honoris causa…
[ps – Tenho um doutoramento e fui professor universitário durante mais de 25 anos, e por isso não desvalorizo a formação académica, mas considero que há outras maneiras de adquirir conhecimentos.]
Eu na minha opinião, se foi boa professora só à uma coisa a fazer. Gratificação por inteligência. E continuar a profissão, então há falta de professores. Os alunos não tiveram dificuldades no ensino de que estão à espera. Essa senhora é de louvar. Boa noite um bem haja aos profissionais de ensino.
O ME é que falhou e continua a falhar, pelos visto era uma boa professora, contudo existem algumas péssimas professoras que continuam a exercer e não são avaliadas, continuado a prejudicar a evolução dos alunos.
Essas é que deviam pagar, por exemplo, as centenas de euros que os pais pagam às explicadoras fora da escola para fazerem o trabalho delas.
Enfim, está tudo errado, nada muda e quando muda é para pior.
A I.G.E , vem de comprovar a sua Ineficácia , só 30 Anos após uma carreira Docente sem problemas , e com bons resultados em matéria de Ensino , é que a vem “Chatear” ? …… o absurdo não mata senão este organismo de Estado estaria extinto !
A mulher tinha voçcação