Professora da Universidade do Porto acusada de agressão a colegas com garrafa de ácido

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A alegada agressão valeu um processo disciplinar à docente da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP). Uma segunda queixa, desta vez por assédio, levou à sua suspensão, na semana passada.

Paula Branquinho de Andrade, professora da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), está a ser alvo de um processo disciplinar depois de ter sido acusada de agredir, com uma garrafa de ácido nítrico, dois colegas de trabalho em 22 de novembro de 2021.

Na semana passada, foi alvo de uma segunda queixa, desta vez com acusações de assédio laboral, levando a direção da faculdade a suspendê-la de funções.

De acordo com o Público, as vítimas da alegada agressão – um professor e uma técnica superior – sofreram ferimentos ligeiros. A PSP foi chamada à faculdade.

Ambos acusam a professora catedrática de ter “arremessado um frasco, que continha um ácido, que se terá partido”, avança fonte do Comando da PSP do Porto, citada pelo diário. A docente diz que a agressão se tratou de “um acidente”, acrescentando que querem “transformar esse acidente numa agressão”.

Na sequência da queixa apresentada em novembro, o diretor da FFUP, Domingos Ferreira, abriu “um processo de inquérito” ao sucedido, que “foi, entretanto, convertido em processo disciplinar”.

O processo disciplinar ainda se encontra em curso e “ainda não produziu conclusões que possam ser remetidas ao Ministério Público” para apuramento de eventuais responsabilidades criminais.

Além da agressão, um grupo de 15 trabalhadores entregou um pedido de Intervenção Inspetiva pela prática de assédio laboral na Autoridade Para as Condições de Trabalho, na semana passada.

As queixas dos trabalhadores incluem “assédio a trabalhadoras grávidas” – acusadas de “não querem trabalhar” – e “comentários depreciativos” dirigidos a trabalhadoras do sexo feminino devido às suas roupas ou maquilhagem.

A professora é acusada de usar “linguagem depreciativa” como “osga”, “prostituta colombiana” ou “tipa”, queixas que têm “pelo menos uma década”.

“Ao longo dos anos, vários trabalhadores e colaboradores comunicaram à sua direção os múltiplos eventos de assédio e discriminação perpetrados pela visada, no entanto [esta] nunca tomou qualquer medida ou sequer resposta”, escreveram na exposição enviada ao organismo tutelado pelo Ministério do Trabalho, a que o Público teve acesso.

Na sequência dessa participação, o diretor da faculdade determinou, na quinta-feira passada, a abertura de um novo procedimento disciplinar de inquérito “e a suspensão preventiva do exercício de funções” por parte da docente “pelo prazo máximo de 90 dias”.

Os dois processos disciplinares vão correr em simultâneo.

ZAP //

3 Comments

  1. Educação precisa-se….

    Estudam até serem catedraticos mas não percebem nada da vida, são uns autênticos grunhos das cavernas.

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