Mais um relato de assédio sexual, desta vez num curso da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
O assédio sexual no ensino superior estava algo “escondido” mas, nos últimos tempos, sucedem-se as denúncias que chegam à comunicação social.
O foco tem sido a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa que, após a divulgação de uma denúncia, recebeu dezenas de denúncias em poucos dias. 31 professores entraram na lista.
O novo relato, divulgado pela RTP nesta sexta-feira, surge também em Lisboa, mas na Universidade Nova da capital.
O caso ocorreu em 2017 e envolveu uma aluna do curso de História. Na altura, a jovem tinha 19 anos.
No seu segundo ano, escolheu uma disciplina opcional do curso de Antropologia e foi aí que se cruzou com um professor que se começou a aproximar mais do que seria suposto.
O primeiro episódio foi o envio de um e-mail, por parte da aluna, a justificar uma falta. O professor respondeu, escreveu que não havia qualquer problema e fechou o e-mail com “beijinhos”.
Mais tarde, o professor escreveu por sua iniciativa à aluna, perguntando-lhe se ela estava melhor. “Tomara que sim!”, acrescentou. “Achei aquilo um bocadinho estranho”, conta agora a aluna, na RTP.
Já noutro contexto, quando se apercebeu de que precisava de um livro, a aluna perguntou ao professor se ele lhe podia emprestar o tal livro. O professor acedeu e perguntou logo “onde e quando” se poderiam encontrar. A aluna disse que poderia ser na aula seguinte.
A aluna foi a essa aula “muito, muito de pé atrás”. Aí o professor informou todos os alunos que iria encerrar a aula 15 ou 30 minutos antes do suposto – a aluna apercebeu-se então de que o docente queria ficar sozinho com ela na sala.
A aluna saiu “a correr” da sala, sem ir buscar o livro. Minutos depois recebeu um e-mail do professor: “Tenho o livro para te entregar. Mas saíste tão rapidamente da sala…”.
10 minutos depois, novo e-mail do professor: “Diz-me então como queres fazer. Como posso passar-te o livro”.
Dois minutos depois, e sempre sem resposta da aluna, o professor escreveu-lhe: “E já agora deixa-me dizer-te que hoje estavas deslumbrante”, com um sorriso no final.
A aluna quase chorou nesse momento. Achou tudo suspeito e entrou “em pânico”.
Este caso verificou-se há cinco anos mas a Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa recebeu queixas recentes e está pronta para receber novas denúncias sobre a postura de professores.
O drama, o horror, a tragédia!
Podes crer!.. Ele devia se calhar ter sido sincero e ter dito: “a tua prestação foi uma nódoa e nem o umbigo à mostra te safou… Esse truque está muito batido.”
Não entendo os comentários acima.
Pretendem desculpar/branquear o comportamento do professor?
O que é que você vê de extraordinário?
O que vejo de extraordinário é a sua pergunta sobre o que vejo de extraordinário numa reação normal a um comportamento reprovável.
Enfim… Que cabeça porca..
Pois é, quando um dia lhes bater à porta uma situação destas, que coloque em risco o emprego, a família e por fim a estabilidade emocional , vão saber o que é o sabor amargo do presente, sem ter à vista o dia do amanhã. Só quem passa e as marcas profundas que deixa, é necessário um arcaboiço deste e do outro Mundo.
Há casos, casos e muitos deles não têm apenas uma das partes como culpada, se observarmos bem o que se passa á nossa volta dá para pensar!
Coitadinha, 19 aninhos e tão indefesa!!!
Santa ingenuidade.
Deixa-me cá pedir um livro emprestado.. ao professor! Estas sabem bem o que fazem e como fazem, enfim…
Comportamento errado que deve ser reprovado, mas… de parte a parte. Tanto alunos como professores. Ponto. Porque não devem faltar também por parte de alunos, propostas de subida de nota de formas, digamos, pouco ortodoxas…
Isto resolve-se com comunicação escrita a quem de direito e chamando-se à atenção do prevaricador, que aquele tipo de comportamento não é aceitável e que, a manter-se, terá repercussões graves: Queixa às autoridades competentes e afastamento imediato do estabelecimento de ensino enquanto o inquérito decorrer.
É assim que se faz. Não há mistério nenhum. Basta copiar.
PS. Espero que não se transforme algo sério e que deve ser abordado com mão firme, num caso de caça às bruxas em que aparece uma virgem ofendida de cada vez que se levanta uma pedra.