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Procura interna por cotonetes obriga única fábrica portuguesa a reduzir exportações

A única fábrica de cotonetes do país, sediada em Famalicão, que produz 12.500 unidades por minuto, foi obrigada a reduzir as exportações para dar vazão à crescente procura do mercado interno.

Segundo o administrador da fábrica da Hidrofer, Carlos Silva, o objetivo é duplicar ou triplicar, “a muito curto prazo”, o volume das exportações.

O responsável revelou esta-segunda-feira que o grupo Hidrofer já chegou a exportar entre 55 a 60% da sua produção, mas atualmente esse valor não ultrapassa os 20%. “O mercado nacional foi comendo as exportações“, explicou.

Para aumentar a produção, foi feito um investimento de oito milhões de euros, praticamente concluído, em máquinas de tecnologia avançada, e serão ainda admitidos mais 15 a 20 trabalhadores, que se juntarão aos atuais 54.

O grupo inclui duas fábricas, uma das quais recebe o algodão em bruto e prepara e fia as fibras de algodão que vão servir de matéria-prima para a produção da outra fábrica.

Nesta, são produzidas duas toneladas de algodão zig-zag por dia e, por minuto, 11 mil discos desmaquilhantes, 5.500 toalhitas e cinco mil bolas. “Tudo 100% algodão”, salienta Carlos Silva.

O administrador sublinhou ainda a responsabilidade ambiental das duas fábricas, cujos resíduos são reaproveitados para a produção de fertilizantes agrícolas, sendo ainda que a água que sai da respectiva ETAR é usada para rega dos terrenos adjacentes.

O grupo foi hoje visitado pelo presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, no âmbito do roteiro traçado pelo autarca para divulgar os casos de empreendedorismo do concelho.

O autarca destacou o facto de uma das fábricas ter nascido numa antiga têxtil abandonada, que, de outro modo, seria mais uma peça do “cemitério industrial” do concelho.

/Lusa

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