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Seis prioridades para o Newcastle, se quiser ser o novo Manchester City

(c) Newcastle United

Amanda Staveley e Mehrdad Ghodoussi, donos do Newcastle

Lista elaborada por quem tratou da “revolução” em Manchester, a partir de 2008.

O Newcastle United tem dinheiro mas (ainda) não tem uma grande equipa, nem é visto como um grande clube europeu.

Os milhões de libras que estarão disponíveis, após a compra do clube por parte de um consórcio da Arábia Saudita, poderão transformar o emblema inglês numa grande potência do futebol mas é preciso ter em atenção vários aspectos.

Há seis prioridades, de acordo com Mike Rigg, que era o director-técnico do Manchester City quando o clube de Manchester também se transformou num “novo rico” do futebol, em 2008.

Rigg comandou a “revolução” que se verificou no plantel do Ciy, a partir dessa altura, e agora avisa que, desde logo, é preciso criar rapidamente uma nova mentalidade no clube. Mudar, não só jogadores, mas quem trabalha nos bastidores ou a forma como se trabalha nos bastidores.

Neste programa da BBC, o ex-director chamou a atenção para os salários: “Não se pode contratar jogadores que só aceitem assinar por causa do dinheiro e que venham receber quantias incríveis. Assim, os jogadores que já estavam no plantel vão querer dobrar os seus vencimentos”. E é preciso também saber “vender”, dar a conhecer aos possíveis novos futebolistas o que é o novo Newcastle.

A terceira prioridade é fazer ver que ir para a cidade Newcastle não deve ser vista como um obstáculo. Não é Londres, não é Manchester, mas o que interessa mais é o clube, é o futebol, e não o estilo de vida. “Se algum jogador não queria vir para o City porque achava que faltavam restaurantes ou lojas em Manchester, acabávamos logo ali a conversa. E Newcastle é uma grande cidade, com um aeroporto internacional. Se um jogador quer bom tempo, que vá para outro país. Aqui é para jogar na Premier League”, avisou.

Contratar futebolistas que façam a diferença. Até pode ser um futebolista sozinho que inicie a mudança necessária num clube – foi o que aconteceu no Manchester City, quando Carlos Tévez foi contratado. Um grande jogador causa impacto nos treinos, nos jogos, na motivação dos colegas de equipa, nos negócios do clube e, claro, no nível da equipa.

Há outro aspecto, nos bastidores, que deve ser fundamental: os novos proprietários do clube devem confiar no trabalho de cada funcionário. Deverá haver autonomia em cada departamento e confiança por parte dos superiores.

Por fim, nesta espécie de lista de Mike Rigg, o último aviso: o percurso não vai ser fácil. O Newcastle United até poderá chegar ao topo mas isso não vai acontecer “de um dia para o outro”. Vão aparecer vários obstáculos e vários falhanços nesse trajecto: “Se não houver estratégia, muito dinheiro pode ir para o lixo”.

Nuno Teixeira, ZAP //

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