António Costa está esta segunda-feira na Grécia, uma visita de um dia na qual se vai encontrar com o presidente grego, o seu homólogo Alexis Tsipras e onde vai ainda ao campo de refugiados de Eleonas.
O primeiro-ministro português António Costa encontra-se esta segunda-feira na Grécia, naquela que é a primeira visita oficial a este país, como escreve o jornal Expresso.
A visita tem como tema central a crise dos refugiados, portanto, o primeiro-ministro fará acompanhar-se dos ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.
Durante a parte da manhã, Costa encontrou-se com o presidente Prokópis Pavlópoulos e com o seu homólogo grego Alexis Tsipras.
Segundo a TSF, os dois primeiros-ministros assinaram uma declaração conjunta em que prometem cooperar para dar resposta à crise migratória, mas na qual criticam também as políticas de austeridade da União Europeia.
No documento entregue aos jornalistas, os dois consideram que as políticas de austeridade adotadas nos últimos anos contribuíram para “deprimir as economias e dividir as sociedades” dos países da UE onde foram aplicadas.
“Com o crescimento da desigualdade social e da pobreza, os nossos países e a Europa enfrentam um longo período de estagnação económica”, pode ler-se no documento.
Já durante a tarde, o primeiro-ministro vai visitar o campo de refugiados de Eleonas, na capital grega, uma visita sugerida pelas autoridades gregas por questões de segurança e proximidade, adiantou uma fonte do Governo.
Em entrevista ao jornal grego Ekathmerini, Costa afirmou que esta questão migratória só se resolve com “mais Europa” e com o compromisso conjunto de todos os Estados-membros.
“Acreditamos que a solução para as nossas preocupações comuns que enfrentamos requer mais Europa e não menos Europa, e, nesse processo, não deve haver frentes de alguns países contra ou a favor de outros”, declarou.
Ainda questionado sobre se a sua intenção em receber mais refugiados se prende com o facto de obter uma maior margem negocial com a Europa, o primeiro-ministro negou e diz que se trata apenas da “coisa certa a fazer”.
“A complexidade dos problemas que o mundo está a enfrentar não permite que Portugal, Grécia ou até a Alemanha possam abordá-los de forma unilateral ou isolada”, esclarece.
“Vamos acolher mais refugiados por convicção, não por conveniência. Porque acreditamos que é a coisa certa a fazer e porque sabemos que é possível”, concluiu.
Desde o início do seu mandato que António Costa tem vindo a mostrar-se recetivo no apoio à integração de refugiados, disponibilizando-se a receber o dobro do que a quota comunitária estabelecia.
De acordo com o Diário de Notícias, até agora Portugal recebeu 160 refugiados mas, graças à posição assumida pelo chefe do Governo, poderá vir a receber cerca de 10 mil.
O Papa Francisco também vai visitar a Grécia esta semana, mais concretamente a ilha de Lesbos, a região grega mais afetada pela chegada de refugiados.
ZAP
parem essa invasão, senão eles vão destruir a Europa. Vê-se pela forma como atiram pedras à polícia, que são vândalos e terroristas. Triste figura fez o nosso PM, felizmente esses ilegiais só querem ir para os países ricos.