“Somos a primeira força política em Portugal”. PS vence, mas perde um deputado

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José Sena Goulão / Lusa

Marta Temido a discursar após a vitória do PS nas europeias

O PS venceu as europeias e conseguiu assegurar mais um deputado do que a AD, apesar de ter perdido um assento em relação a 2019.

Foi uma vitória curta, mas uma vitória na mesma. A aposta de Pedro Nuno Santos em Marta Temido pareceu ser certeira, tendo-lhe valido a sua primeira vitória eleitoral desde que assumiu a liderança do PS.

Os socialistas elegeram oito deputados, mais do um que a Aliança Democrática (AD), mas a diferença foi de apenas 40 mil votos. É necessário recuar a 2004 para encontrar um nível de votos semelhante (1.266.153) para o PS. Apesar da perda de um eurodeputado em relação aos nove conseguidos em 2019, este detalhe foi omitido dos discursos da noite.

Pedro Nuno Santos destacou a vitória do PS como “a primeira força política em Portugal”. Apesar de as europeias terem apenas um círculo nacional, o líder socialista enfatizou a recuperação dos distritos de Faro, Guarda e Porto. “Sem o Chega, a esquerda foi maioritária”, frisou.

Os parabéns principais foram para Marta Temido pela “campanha fabulosa“. “É a primeira vez que uma mulher ganha uma campanha nacional”, assinalou.

Pedro Nuno também saiu ao ataque contra a AD, acusando os rivais de nacionalizar uma campanha para eleições europeias. “Esta vitória do PS e derrota da AD não é irrelevante no plano nacional. Este Governo nacionalizou a campanha“, apontou, acusando a AD de apresentar “planos atrás de planos, e promessas que não estão quantificadas orçamentalmente, sem metas nem prazos para o seu escrutínio”.

O líder socialista acredita que os portugueses “votaram contra a arrogância” e pareceu responder aos recados de Montenegro. “Não será pelo PS que haverá instabilidade política. Nós não temos pressa nenhuma“, realça.

As bocas para o Governo não ficaram por aqui. Questionado sobre a possibilidade de eleições legislativas antecipadas, Pedro Nuno refere que esta pergunta “tem de deixar de ser feita ao PS, têm de perguntar à AD”. O líder socialista acusa ainda Montenegro de não tirar “nenhuma ilação da derrota” por continuar a acusar o PS de não estar disposto a negociar.

Para o interior do partido, Pedro Nuno garantiu a continuidade do processo de renovação de quadros e anunciou o lançamento dos Estados Gerais para preparar o PS como alternativa.

Em relação ao cenário cada vez mais provável de António Costa presidir ao Conselho Europeu, o líder do PS garante que os socialistas gostariam “muito” de o ver no cargo e que já deram o seu “humilde contributo” para a sua campanha.

“Portugueses confiam no PS”

Na reacção à vitória, Marta Temido lembra que o PS teve mais votos do que nas europeias de 2019 e promete ter um tom conciliatório em Estrasburgo para construir uma “Europa mais forte“.

“O PS ganhou estas eleições europeias e estamos todos de parabéns porque os portugueses confiaram no projecto de Europa que defendemos. Hoje, os portugueses voltaram a mostrar que confiam no PS“, considerou a cabeça de lista do PS.

A ex-Ministra da Saúde lembrou ainda a tensão que a Europa tem vivido nos últimos tempos. “Numa Europa com guerra às portas e com quem a quer destruir por dentro, estas eleições ditam a Europa que queremos nos próximos cinco anos e nos próximos 50”, declarou.

Temido saudou ainda o simbolismo de a candidatura mais votada ter uma mulher como cabeça de lista. “É também uma vitória das mulheres“, disse.

Adriana Peixoto, ZAP //

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9 Comments

  1. Toda a esquerda portuguesa perdeu, por redução do seu número de deputados: Ps perdeu um deputado (redução de 11,1%). Foi uma vitória/derrota. Em termos úteis foi uma derrota. Bloco de Esquerda: perdeu um deputado (redução de 50%)
    Partido comunista: perdeu um deputado (redução de 50%). PAN: perdeu um deputado (redução de 100%).
    AD: Manteve o seu nº de deputados. Chega: Tinha 0 deputados e passou agora a ter 2. Iniciativa Liberal: Tinha 0 deputados e passou agora a ter 2. A esquerda, na anterior eleição era maioritária. Tinha o dobro dos deputados da direita (14 – 7). Esta eleição foi a derrota total da esquerda. Perdeu 4 deputados (19%), passando a direita a ser maioritária (11-10).
    Depois de 3 derrotas seguidas, o secretário do PS averbou agora uma vitória “poucochinha” que esconde uma derrota pela perda de um eurodeputado, quando a proposta da sua candidata era aumentar em mais um deputado. Segundo o critério de António Costa, Pedro Santos deveria convocar eleições dentro do partido dado que ele está num caminho de exiguidade e sem perspetivas de melhor futuro.

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  2. Este artolas de São João, pensa que está a falar para tansos. Tinha 9 eurodeputados e agora foi para 8. Ilusionismo é a sua melhor característica.

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  3. Exatamente, João Soares. É incompreensível este festejo, tendo em conta essas perdas “massivas” de deputados. Mas esta gentalha gosta de fazer figuras ridículas.
    E, aproveito, desde quando é que estes abelhudos são “a primeira força política”?! Só pode ser para rir. Estes não enganam o povo. Quero eu “dizer”, ficam com menos deputados, e têm mais percentagem de votos? Anda aqui vigarice. Querem comemorar aquilo que não merece ser comemorado. Não ganharam, perderam. O Zé Povo acordou, um pouco por toda a Europa, e já não quer estes malandros a governar. Cuidado com a ladroeira esquerdista.

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  4. Qual força política?
    Perderam deputados…!! Deixem-me rir. E já volto….!!!!!!!!!

    Aproveito para corrigir um comentário anterior: O povo jamais quererá que o PS volte a governar, ninguém quer malandros que se gabam de falsas vitórias. 😉

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  5. Qual força política? Nem aqui, nem na China.
    Força das mentiras e vigarices, isso sim. Já perderam um deputado. Nas próximas eleições, perderão mais, como bem merecem. Ridículo este festejo mediático…

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  6. Se houvesse outro dirigente do PS com força, podia-lhe acontecer como Costa fez a A.J. Seguro em 2014: vitória “poucochinho”, chega para lá, agora mando eu. Este Pedro Nulo Santos não tem vergonha na cara. Nem ele, nem a ex-Ministra da Doença.

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  7. Curioso como o PS teve quase o mesmo número de votos que o Chega teve nas legislativas e gaba-se de ser a maior força política no país. Isto é, num universo de mais de dez milhões de (potenciais) eleitores, só um décimo votou no PS. Não vejo razão para euforias. Só a IL é que tem verdadeiramente razão para festejar. Quanto ao Chega, tem de se alegrar com as vitórias alheias (as dos irmãos nacionalistas radicais da Europa).

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