Teatro São Carlos. Presidente do Opart apresenta demissão

Janko Hoener / Wikimedia

Teatro Nacional de São Carlos

O presidente do Opart, organismo que gere o Teatro Nacional de São Carlos, a Companhia Nacional de Bailado e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, demitiu-se esta segunda-feira.

De acordo com o Expresso, Carlos Vargas pediu a demissão do cargo de presidente do Opart, o organismo de produção artística que gere o Teatro Nacional de São Carlos, a Companhia Nacional de Bailado e a Orquestra Sinfónica Portuguesa. O semanário recorda que, no domingo à noite, a RTP já noticiava que o responsável iria ser demitido.

O Ministério da Cultura agendou para esta terça-feira uma reunião com o sindicato CENA-STE e com os trabalhadores, mesmo com entidade patronal ausente, “para encontrar soluções para vários problemas identificados” no Opart.

Em comunicado, a tutela referiu que a secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, propôs aos representantes sindicais uma nova reunião “com o objetivo de continuar os trabalhos em curso relativos ao Opart”.

“O Governo mantém-se empenhado em prosseguir o diálogo e a negociação para encontrar soluções para vários problemas identificados pelo Opart e pelo CENA-STE”, lê-se.

Os trabalhadores do Organismo de Produção Artística (Opart) iniciaram, no passado dia 7, uma série de greves contra os recuos na negociação do novo regulamento interno de pessoal e os sucessivos adiamentos do compromisso que garantiria a equiparação de salários entre os técnicos de São Carlos e os da CNB – duas estruturas tuteladas pelo Opart, empresa pública na dependência do Ministério da Cultura.

Os técnicos da CNB, na categoria profissional mais baixa, ganham mais 180 euros do que os colegas, uma situação que se mantém desde setembro de 2017, quando ambas adotaram as 35 horas semanais.

No fim-de-semana, numa nota enviada à Lusa, o Ministério da Cultura explicou que “não pode aceitar” os aumentos salariais reivindicados para alguns trabalhadores, porque “seria uma injustiça para todos os restantes trabalhadores do Opart” e para “todos os trabalhadores do Estado”.

Neste processo negocial, e “nos próximos dias”, o Ministério da Cultura anunciará a constituição de um novo Conselho de Administração do Opart. Os trabalhadores reuniram-se em plenário na sexta-feira e decidiram manter a greve, tendo marcado novo plenário para esta quarta-feira, para “decidirem novas formas de luta”.

ZAP //

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