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Presidente da Zâmbia corta salário após aumento da eletricidade e combustíveis

UNHCR / Flickr

O Presidente da Zâmbia, Edgar Lungu

A presidência da Zâmbia vai cortar 15 a 20% nos salários do chefe de Estado e dos ministros. Objetivo é “atenuar o impacto nos cidadãos do aumento dos preços dos combustíveis e da eletricidade”.

O chefe de Estado da Zâmbia, Edgar Lungu, anunciou esta sexta-feira um corte no seu salário e no dos ministros, numa tentativa de aliviar as tensões e críticas da população devido ao aumento nas tarifas da eletricidade e dos combustíveis.

As tarifas de eletricidade para particulares vão subir 115% a partir de 1 de janeiro, anunciou a agência de regulação de eletricidade do país. Os aumentos já foram sentidos nos combustíveis, com a gasolina e o gasóleo a aumentarem 10% e 11% respetivamente, o que motivou críticas e reações da população indignada com este facto.

Durante o dia desta sexta-feira, a presidência da Zâmbia anunciou um corte de 15 a 20% nos salários do chefe de Estado e dos ministros, com o objetivo de “atenuar o impacto nos cidadãos do aumento dos preços dos combustíveis e da eletricidade”.

“Por mais que o aumento dessas taxas fosse inevitável, era necessário mitigar seu impacto”, refere a presidência.

O principal opositor na Zâmbia, Hakainde Hichilema, classificou a redução do salário do presidente como “insignificante”. É “uma gota no oceano”, referiu na sua conta da rede social Twitter. Hakainde Hichilema disse que o aumento nas tarifas de eletricidade como resultado do “fracasso de Zesco”, a companhia nacional de eletricidade atormentada pela “corrupção”, não é a resposta.

Na quinta-feira, a agência reguladora de energia deu luz verde à Zesco para aumentar as suas tarifas, devidos aos “graves problemas financeiros” que o grupo público está a enfrentar.

// Lusa

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