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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos
O Presidente colombiano anunciou que vai doar os oito milhões de coroas suecas, cerca de 847 mil euros, que vai receber como parte do Nobel da Paz, às vítimas do conflito com as FARC.
“Vamos doar oito milhões de coroas suecas para que as vítimas sejam compensadas”, disse Juan Manuel Santos numa cerimónia religiosa em Bojayá, noroeste do país, e cenário de um dos mais graves ataques da guerrilha das FARC, com um balanço de dezenas de mortos.
O Presidente colombiano foi o escolhido, na sexta-feira passada, para receber o Nobel da Paz pelos seus esforços por um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
De acordo com o Comité Nobel norueguês, o prémio constitui um claro apoio à decisão de Santos de convidar todas as partes a participar num amplo diálogo nacional para que o processo de paz entre Governo e FARC não esmoreça, depois do “não” se ter imposto no plebiscito.
O prémio que Santos recebe, no próximo dia 10 de dezembro, em Oslo, consiste numa medalha de ouro, num diploma e num cheque de oito milhões de coroas suecas, cerca de 847 mil euros.
O chefe de Estado também anunciou no Twitter a sua intenção de doar o dinheiro às vítimas do conflito, declarando que este é um prémio “dos colombianos, sobretudo daqueles que sofreram com a guerra”.
A cerimónia religiosa em Bojayá foi o primeiro ato público com a presença do Presidente depois do anúncio do Nobel e decorreu com a participação de vários sobreviventes do ataque.
A 2 de maio de 2002, um comando das FARC lançou uma bomba de gás contra uma igreja dessa povoação, onde também se encontravam locais, que se protegiam de um confronto entre a guerrilha e um grupo paramilitar de extrema-direita, provocando 79 mortos.
ZAP / Lusa
