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João Lourenço, presidente de Angola, estará a ser investigado nos EUA

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Manuel de Almeida / Lusa

O presidente de Angola, João Lourenço

A justiça norte-americana está a investigar o presidente de Angola, João Lourenço, a sua mulher e outras figuras que lhe são próximas como o antigo vice-presidente Manuel Vicente, de acordo com a consultora Pangea Risk que é especializada em assuntos africanos.

A investigação estará a decorrer há cerca de um ano e os procuradores norte-americanos estarão a analisar suspeitas de violação de leis dos EUA, conforme avança o Expresso que teve acesso a um relatório da consultora que tem sede nas Ilhas Maurícias.

Na mira da justiça norte-americana estão, além de João Lourenço, a sua mulher, Ana Afonso Dias Lourenço, o advogado Carlos Feijó, o ministro angolano da Energia, João Baptista Borges, o antigo vice-presidente angolano Manuel Vicente, e os empresários Carlos Cunha e Valdomiro Minoru Dondo, como destaca o Expresso.

Em causa estarão suspeitas de “alegadas violações do FCPA – Foreign Corrupt Practices Act“, nomeadamente da “legislação norte-americana sobre a corrupção de funcionários públicos americanos no exterior”, como se nota no relatório da Pangea citado pelo semanário.

A investigação estará a debruçar-se sobre eventuais “transações bancárias ilegais, fraudes bancárias para a compra de imóveis nos Estados Unidos, e uma conspiração para defraudar o Departamento de Justiça dos EUA pela família Lourenço“, destaca ainda o Expresso.

Uma parte das suspeitas estará focada em empresas privadas que são controladas por figuras próximas de João Lourenço, incluindo a agência de comunicação Orion de que Ana Afonso Dias Lourenço é acionista.

Os procuradores também estarão a analisar o alegado pagamento de subornos a empresas do presidente de Angola e de “parceiros de negócio próximos”, incluindo supostas “luvas” da brasileira Odebrecht à Orion.

A investigação poderá ainda “visar bancos angolanos, empresas e offshores para recolher mais provas que podem afetar as relações de Angola com instituições multilaterais, de cujo crédito o país se tornou crescentemente dependente”.

ZAP //

5 Comments

  1. Os governos de Portugal , habituaram-se a pôr-se de joelhos perante os angolanos , numa subserviência vergonhosa, com estes últimos a aproveitarem-se para se porem arrogantemente em bicos de pés .
    Com os EUA a coisa pia mais fininho , pois nem o primeiro tem receio dos angolanos , nem estes tem sequer coragem de levantar o pio .

    • Governos não; governo do Passos que, com o seu amigo Relvas e companhia queriam vender Portugal à máfia angolana e, até conseguiram a proeza de ter um Ministro dos Negócios Estrangeiros (Machete) a pedir desculpa a Angola por a Justiça Portuguesa estar a investigar negócios corruptos ligados ao regime angolano!…
      Tudo boa gente….

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