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Nas presidenciais mais baratas de sempre, Marcelo perde vantagem. Luta pelo segundo lugar está cada vez mais renhida

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José Sena Goulão / Lusa

De acordo com a sondagem Observador/TVI/Pitagórica, se as eleições fossem hoje, Marcelo garantiria uma vitória confortável. A grande dúvida é a luta cada vez mais renhida pelo segundo lugar, uma vez que André Ventura está colado a Ana Gomes.

Marcelo Rebelo de Sousa perde ligeiramente a margem que tinha face aos adversários mais diretos, porém mantém uma dinâmica de vitória inigualável, com 68% das intenções de voto. Mais renhida está a corrida pelo segundo lugar.

Segundo a sondagem Observador/TVI/Pitagórica, Ana Gomes consegue, esta semana, 10,9% das intenções de voto. Um recuo pela margem mínima (uma décima) e que assegura o segundo lugar nas sondagens, mas que não evita uma aproximação do candidato André Ventura. O líder do Chega conquista mais 1,7 pontos percentuais (a maior subida desta semana) e fica nos 10,7%, muito próximo da ex-eurodeputada. Duas décimas separam agora os dois candidatos.

Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda e que chega à campanha como a mulher mais votada de sempre numas presidenciais, perde 1,4 pontos percentuais e surge com 5,1% das intenções de voto.

João Ferreira, o candidato que o PCP lançou para a corrida, mantém-se nos 3,5%. Seguem-se Tiago Mayan Gonçalves, apoiado pelo Iniciativa Liberal (que ganha uma décima e chega a 1%) e, a finalizar, Vitorino Silva (Tino de Rans), com 0,8% (mais 0,6 face à semana anterior). O número de eleitores indecisos mantém-se nos 16,5%.

Está assim claro que a disputa pelo segundo lugar está cada vez renhida e que qualquer vantagem ou recuo na corrida se medem pela margem mínima.

Marisa Matias segue lá atrás, no quarto lugar e sem números que lhe permitam ambicionar a mais ligeira aproximação ao resultado de há cinco anos.

As perspetivas não são mais animadoras para João Ferreira – os 3,5% que o eurodeputado trazia da semana passada mantêm-se inalterados.

E, na primeira incursão presidencial da Iniciativa Liberal, Tiago Mayan Gonçalves dá um ligeiro passo em frente: 1% das intenções, uma subida de 0,1 pontos percentuais face ao resultado da primeira sondagem Observador/TVI/Pitagórica para as presidenciais.

Quem também ganha terreno é Vitorino Silva. Há cinco anos, protagonizou o primeiro-frente-a-frente com Marcelo Rebelo de Sousa e acabou por conquistar pouco mais de 152 mil votos, que lhe deram o sexto lugar na corrida a Belém.

Nesta campanha, num primeiro momento, o ex-autarca viu-se excluído dos 15 debates agendados pelas televisões e que só contaram com as candidaturas apoiadas por partidos.

No entanto, ao Observador, fonte da campanha de Marcelo avançou que o Presidente ia voltar a debater com “Tino de Rans”. Este encontro está marcado para 20 de janeiro, a poucos dias da eleição. Vitorino Silva sobe para os 0,8% pontos percentuais.

Eleições mais baratas de sempre

As eleições que se irão realizar a 24 de Janeiro de 2021 podem ficar na história como as presidenciais mais baratas desde que as contas das campanhas são auditadas.

Seis candidaturas já revelaram as suas previsões de gastos e, todos somados, os orçamentos não chegam a um milhão de euros. Há cinco anos, os dez candidatos orçamentaram mais de 3,3 milhões e gastaram 3,2 milhões de euros.

A Lusa questionou as várias candidaturas sobre os gastos previstos e, à exceção de duas que ainda não se conhecem, só Marisa Matias ainda não divulgou o orçamento da sua campanha. Vitorino Silva, é o mais poupado, prevendo apenas gastar 16 mil euros.

Marcelo Rebelo de Sousa não pretende ultrapassar os 25 mil euros de despesa, conforme anunciou no dia em que entregou as 12.747 assinaturas para formalizar a sua candidatura no Tribunal Constitucional.

No ranking dos gastos, do mais poupado para o mais gastador, segue-se o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal Tiago Mayan Gonçalves (40 mil euros), a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (50 mil euros), o deputado único e presidente do Chega, André Ventura (160 mil euros), e o dirigente da cúpula do PCP, João Ferreira (450 mil euros).

No total, e num ano marcado pela pandemia, os orçamentos já conhecidos ficam-se pelos 741 mil euros.

Ana Moura, ZAP //

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18 Comments

  1. Afetos e afins não deviam bastar para eleger governantes! Gostaria tanto de ter o Professor Marcelo comentador a comentar o Professor Marcelo Presidente da Republica. Os incendios de 2017, Tancos, vacinas para a gripe… tantas coisas que deveriam ser suficientes para fazer as pessoas pensar.

    • O marteloselfie, o tal que defendia que os presidentes só deviam exercer um mandato, não passa de um treteiro. Ele diz hoje, o que amanhã contradiz! E sobre os verdadeiros problemas, foge como o diabo da cruz. É mais cómodo dizer que se deve apurar.

      • Ele disse isso há quatro anos mas eu já sabia que em 2021 era indispensável. Que o país, a economia e o estado da nação exigem. E que é preciso alguém para tirar os portugueses da depressão como disse o soares. Porque agarrado ao tacho só esteve o Salazar. Rsrsrsrsrsrsrsrsr.

  2. João Ferreira o candidato que sabe o que é ser Presidente da República. Que tem sentido de Estado e sabe como se faz. Mas com uma informação castradora, infantil e tendenciosa, resta-nos estar presentas para assistir a sermos os escravos da Europa e do Mundo. Agora aos grandes senhores já não interessa a África, estamos cá nós e vêm de comboio.

  3. O comuna João ferreira? Levará para aí 2% e já será muito. Se não conseguir subsídios do Estado (dos meus impostos) para custear as despesas, o PCP paga que é a grupelho mais rico do país. hehehehehehehehehe

  4. Candidatos a mais, País a menos. Marisa Matias e o BE cometerem o erro de se apresentarem, vão sair fragilizados com o 4º lugar e com a pequena recompensa de ficarem à frente do candidato do PCP.

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