A Premier League vai doar 1 milhão de libras ao Comité de Desastres de Emergência para apoiar a Ucrânia no conflito com a Rússia.
O campeonato inglês anunciou que vai deixar de transmitir os jogos na Rússia. Num comunicado publicado no site da Premier League, a liga afirma que chegou a uma decisão unânime com os clubes para a “suspensão do acordo com a emissora russa nossa parceira Rambler com efeito imediato“.
A Premier League fez ainda saber que “condena fortemente da invasão russa” e que vai doar 1 milhão de libras à causa ucraniana através do Comité de Desastres de Emergência para “dar ajuda humanitária directamente a quem precisa”.
“Apelamos à paz e os nossos pensamentos estão com todos os que estão a sofrer”, lê-se no comunicado, que lembra os actos de solidariedade para com Kiev na última jornada, com os capitães a usarem braçadeiras alusivas ao conflito, com um minuto de aplausos antes do apito de início e com a mensagem “Football Stands Together” pintada com as cores da bandeira ucraniana a ser passada nos ecrãs.
A confirmação surge depois de nos últimos dias a imprensa britânica ter dado conta de que Richard Masters, presidente-executivo da Premier League, já tinha dado instruções aos advogados para avançarem com a anulação dos contratos com as emissoras que transmitiam a competição desportiva na Rússia.
Os direitos russos para a temporada actual valem cerca de 7,2 milhões de euros para a liga inglesa — um valor bastante pequeno quando se tem em conta que as transmissões para o exterior valeram, no total, 1500 milhões de euros entre 2019 e 2022 à Premier League.
A Rambler vai também deixar de operar na Europa devido às sanções contra a Rússia. A Liga Inglesa de Futebol, que gere os direitos de transmissão da segunda à quarta divisões do desporto em Inglaterra, deve seguir as pisadas na Premier League e rescindir os contratos com a mesma emissora.
