Annie Liebovitz / Louis Vuitton

A única que existe, ninguém sabe onde está. Redes sociais da Bola de Ouro falaram do misterioso troféu pela primeira vez. O timing será só coincidência?
Envolvida em cristais da cor do sangue, poucos conhecem a história de um prémio que vale, a nível pessoal, muito mais do que a ambicionada Bola de Ouro.
Falamos da Super Bola de Ouro. Sim, ela existe mesmo — e, coincidência ou não, esteve em exposição na antiga “casa” de Cristiano Ronaldo, no museu do Real Madrid, durante vários anos.
Atualmente, ninguém sabe onde está o misterioso troféu de que quase ninguém fala. Os filhos do único vencedor leiloaram-na e o galardão acabou nas mãos de um comprador anónimo.
Mas será que a Super Bola de Ouro está de volta?
O debate eterno, resolvido?
Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi. Podíamos estar neste artigo o dia todo. Recuemos antes a 24 de dezembro de 1989, quando a France Football decidiu premiar de forma única o melhor Bola de Ouro dos últimos 30 anos.
É verdade: o troféu só foi oferecido e recebido uma vez na história, nesse ano, a um jogador que partilha duas fortes semelhanças — uma para cada um — com os dois monstros do futebol que acabariam por se tornar os dois maiores vencedores da Bola oferecida ao Melhor Jogador do Ano.
E de facto, Messi e Ronaldo são os únicos jogadores no ativo que cumprem a única regra para se ser candidato à Super Bola de Ouro: ter vencido a Bola de Ouro mais do que uma vez.
Com um quadro de votantes composto por leitores e telespectadores do France Football, pelo jurado da Bola de Ouro e pelos vencedores anteriores do prémio, ofrancês Michel Platini, Bola de Ouro por três vezes consecutivas (1983, 1984, 1985) ficou em terceiro lugar na corrida pela Super Bola de Ouro. Teria saído vencedor, não fossem o júri da France Football e os antigos vencedores do prémio estragar a festa que os telespectadores e leitores do jornal francês queriam eternizar.
O holandês Johan Cruyff, também três vezes Bola de Ouro (1971, 1973, 1974), ficou em segundo lugar.
Em primeiro ficou uma lenda que, surpreendentemente, foi menos vezes Bola de Ouro do que o francês e que o holandês. Alfredo Di Stéfano, Bola de Ouro em 1957 e 1959, foi o primeiro e único vencedor da misteriosa Super Bola de Ouro.
Agora, no fim do reinado Ronaldo-Messi (o argentino venceu o prémio pela oitava vez em 2023, mas não deve repetir a proeza) a organização Ballon D’Or pergunta convenientemente aos amantes do jogo bonito: “gostarias de ver o prémio ser entregue? E quem ganharia?”.
Muitos especulam nas redes sociais que o prémio pode vir a ser entregue pela segunda vez na história no 40.º aniversário da conquista do argentino-espanhol de origem italiana, também ele, como Ronaldo, lenda do Real Madrid.
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Um desses dois nem precisa de jogar para ganhar bolas de ouro…. Sistema viciado e corrupto