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“Buraco” de 848 milhões. Prejuízo do SNS aumentou 145% em 2018

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O Serviço Nacional de Saúde registou um prejuízo de 848 milhões de euros em 2018, o que representa um aumento de 145% face ao ano anterior, escreve esta sexta-feira o semanário Expresso.

Os resultados fazem parte do relatório sobre as contas da Saúde em 2018. Tal como recorda o jornal Expresso, este documento foi sendo pedido pelos partidos antes das eleições legislativas de domingo, mas só agora se conhecem os números.

A ainda ministra da Saúde, Marta Temido, foi desvalorizando a demora na elaboração e  publicação do extenso relatório, dizendo que todos os dados já tinham sido referidos durante as suas intervenções no Parlamento.

“Constata-se que em termos económicos, o SNS regista um prejuízo de cerca de 848 milhões de euros, no exercício de 2018, correspondendo a um agravamento do resultado líquido face ao ano anterior em cerca de 502 milhões de euros, que se explica em parte pelo crescimento dos gastos com pessoal, dos fornecimentos e serviços externos e das mercadorias vendidas e matérias consumidas”, pode ler-se no documento.

Apesar do aumento significativo de prejuízos, o relatório traça, segundo o Expresso, um diagnóstico favorável ao SNS, não destacando no sumário do documento dados sobre as listas de espera ou os encargos para os utentes do SNS.

Sobre os encargos para as famílias e para o Estado, a tendência é a mesma: família e Governo pagaram mais. Dados provisórios relativos a 2018 notam um aumento de 4,6% na despesa da corrente privada, que passa de 5,9 milhões em 2017 para 6,1 milhões de euros. No mesmo sentido, aumenta a fatia paga pelo Estado: mais 5,3%, cresceu de 11,6 para 12,2 milhões de euros.

Neste assunto, o relatório destaca que  “em 2017 a importância relativa da despesa corrente pública no financiamento do sistema de saúde português manteve-se nos 66,3%” e que assim deverá continuar. Na prática, escreve o Expresso, o documento destaca que apesar de as famílias gastarem mais, o Estado continua a ser o suporte do SNS.

Quanto ao tempo de espera, pode ler-se que “no final de 2018, aguardavam uma primeira consulta no CTH (programa Consulta a Tempo e Horas) um total de 708.709 utentes, o que representa o segundo valor mais baixo desde 2011, apenas ultrapassado pelos 698.425 utentes em lista de espera para primeira consulta hospitalar no final de 2017”.

Contas feitas, em 2018 foram mais o utentes que não tiveram a primeira consulta no hospital do que em 2017. Em 2018,  mais 10.284 doentes (+1,5%) estavam sem resposta.

Mais profissionais, pedidos de contratação e consultas

O Governo destaca que foram analisados mais de 8000 pedidos de contratação no SNS relacionados com a redução do período normal de trabalho e pedidos de substituição. Segundo o relatório, aumentaram as consultas com médicos de família (1,6%) e especialistas hospitalares (0,9%), bem como o número de médicos (+601) e enfermeiros ao serviço (+1252).

“Constata-se que a atividade cirúrgica programada cresceu 1% em 2018, tendo sido operados 594.978 utentes no SNS”, aponta o documento, acrescentando que “o número de doentes operados no SNS em 2018 é o mais elevado de sempre desde que existe o SIGIC (Sistema Integrado de Inscritos para Cirurgia), tendo sido operados mais 34.577 doentes do que em 2015 e mais 110.913 do que em 2010”.

Comparando estes dados com os de 2017, observa o Expresso que, de um ano para o outro, foram operados mais 6.165 utentes (1% acima), que recorda o tempo de espera recorde. “Ser chamado para a operação demorou, em média, 3,3 meses em 2018, o valor mais elevado desde 2015”, nota o jornal.

ZAP //

 

 

2 Comments

  1. E viva o PS, Kostinha e demais xuxas instalados e bem no desgoverno de Portugal.
    Uma vergonha. Os doentes deste país que se “lixem”…

    • E viva o PPD, Passos Coelho, Paulo Macedo & restante quadrilha, fachos instalados no penúltimo desgoverno de Portugal!
      Mais do que uma vergonha. Os doentes deste país, muitos deles, MORRERAM!
      Post scriptum: e não sou xuxa, nem pertenço a nenhum rebanho partidário…

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