Prejuízo aumentou em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Greve e Páscoa são apontados como principais fatores para a queda.
A TAP S.A. obteve um prejuízo de 108,2 milhões de euros até março, mais 18,1 milhões de euros de perdas que no período homólogo de 2024, num primeiro trimestre impactado por “eventos extraordinários”, foi hoje anunciado.
Esses “eventos extraordinários” são essencialmente dois: a greve de cerca de três semanas dos pilotos da Portugália e o facto de o Domingo de Páscoa ter sido no segundo trimestre, a 20 de abril – e não a 31 de março (primeiro trimestre), como no ano passado.
“A ‘performance’ [comportamento] do primeiro trimestre de 2025 foi significativamente impactada pela greve dos pilotos da PGA, que se prolongou durante 20 dias. Adicionalmente, a comparabilidade dos resultados operacionais foi ainda afetada pela deslocação da Páscoa para o segundo trimestre em 2025, ao contrário de 2024, quando ocorreu no primeiro trimestre. Estima-se que, juntos, tenham tido um impacto financeiro nos resultados operacionais entre 30 e 40 milhões” de euros, refere a TAP em comunicado divulgado hoje.
O CEO Luís Rodrigues destaca ainda o “aumento da concorrência nos principais mercados e as disrupções operacionais, como eventos meteorológicos adversos, greves e constrangimentos nos aeroportos e no espaço aéreo europeu, impactaram de forma significativa a performance financeira e operacional do trimestre”.
A companhia aérea registou um resultado operacional (EBIT – resultado antes de juros e impostos) negativo em 131,6 milhões de euros até março, face a 74,3 milhões de euros negativos do período homólogo do ano passado.
O EBIT recorrente foi negativo em 119,2 milhões (60,3 milhões de euros negativos nos primeiros três meses de 2024).
Mesmo assim, Luís Rodrigues destaca “o desempenho positivo da TAP no mercado norte-americano” ao longo deste primeiro trimestre.
Além disso, destaca o Jornal de Negócios, a entrada de capital e emissão de dívida permitiram um aumento de liquidez – passou a ser de 1.203,2 milhões de euros no final de março.
O diretor executivo da empresa salienta em comunicado que a TAP está “mais resiliente e preparada para o futuro”.
ZAP // Lusa