Este domingo, o PSD e a Iniciativa Liberal acusaram António Costa de não defender a transparência e querer desviar as atenções, “num processo de vitimização a que já estamos habituados”.
O artigo de opinião que António Costa escreveu, no sábado, para o Observador, foi tema de conversa no universo político português, durante este fim-de-semana.
O primeiro-ministro escreveu o artigo para se defender e esclarecer os críticos que o acusam de desvalorizar a corrupção.
Em declarações à Lusa, o vice-presidente do PSD acusou o primeiro-ministro de vitimização e “golpe mediático” para “desviar as atenções”.
Miguel Pinto Luz considera que o PS perdeu a capacidade de atrair “os melhores quadros”.
“Não se tratou de um artigo de opinião, tratou-se de uma tentativa de desviar as atenções, num processo de vitimização a que já estamos habituados, de tentar dizer que estão a tentar acusá-lo de que ele não valoriza o fenómeno da corrupção em Portugal, quando não é isso que está em causa”, defendeu Miguel Pinto Luz.
António Costa afirmou, no artigo, que não desvaloriza a corrupção, e que o tem demonstrado no seu percurso político “sem retórica e com ação”, acusando os críticos de construírem “uma mentira”.
Para Miguel Pinto Luz, “o PS hoje, pouco mais de um ano depois de ter tido maioria absoluta, não é capaz de convocar a sociedade civil, os melhores quadros, os melhores talentos para fazerem parte do seu governo”, algo que considerou ser “sinalizador de um fim de linha” do executivo.
“O que foi dito por todos os partidos e pelo PSD sucessivas vezes, foi que este silencio ensurdecedor de quase uma semana, de o primeiro-ministro não ter tido opinião formada e pública daquilo que hoje sabemos que é a 13.ª demissão num Governo, que já mostra sinais de pouca capacidade gestionária, de pouca capacidade convocar os melhores da sociedade para fazer parte do seu elenco, denota que António Costa se quer esconder”, considerou.
O social-democrata referia-se à demissão do antigo secretário de Estado da Defesa Nacional Marco Capitão Ferreira, que na semana passada foi constituído arguido na operação ‘Tempestade Perfeita’.
Para o PSD, António Costa fez “mais um golpe mediático, comunicacional, de dizer que o estão a tentar acusar de não ter sensibilidade para o fenómeno da corrupção”.
“Ninguém diz isso, sabemos que todos os políticos, que a sociedade em geral, tem profunda preocupação com o fenómeno da corrupção. (…) Mas não é disso que estamos a falar: o que estamos a falar é que António Costa objetivamente não quis falar sobre um assunto, e este assunto em particular, nomeadamente da demissão do secretário de Estado da Defesa”, salientou.
“António Costa não defende a transparência”
Em Braga, o líder da Iniciativa Liberal (IL), este domingo, disse que o primeiro-ministro “não defende a transparência nem combate a corrupção”.
Rui Rocha disse que o primeiro-ministro não defende a transparência nem combate a corrupção, considerando que tal acontece desde que António Costa era presidente da autarquia de Lisboa.
“Os factos são estes: António Costa não defende a transparência, António Costa não combate a corrupção, e isso é verdade enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e agora na sua função governativa”.
O líder liberal ironizou dizendo que prefere “ter uma raposa a guardar um galinheiro do que António Costa a cuidar da transparência”.
Na opinião do presidente da Iniciativa Liberal, António Costa “tem muitas explicações a dar em matéria de transparência, de corrupção, e não é seguramente uma pessoa que tenha assegurado que o país esteja melhor nesta matéria”.
Recuando aos tempos em que o chefe do executivo liderou a autarquia da capital do país, Rui Rocha apontou que Costa “andou durante dois anos e meio a tentar impedir que um relatório sobre obras públicas fosse conhecido, apelou mesmo ao Tribunal Constitucional que depois não lhe deu razão, obviamente”, atirou.
O líder da IL argumentou também que Costa “trouxe para os seus sucessivos governos um conjunto de pessoas ligadas diretamente a José Sócrates, muitas delas que tiveram participação na opinião pública no sentido de intoxicar a opinião pública em favor de José Sócrates”, enumerando ministros como Mariana Vieira da Silva, Pedro Adão e Silva e João Galamba.
Para Rui Rocha, o ex-secretário de Estado da Defesa Marco Capitão Ferreira e João Gomes Cravinho, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, “são pessoas que não deveriam ter entrado neste Governo”.
ZAP // Lusa
A versão tuga do célebre : “L’etat c’est moi”
Grande Rui Rocha. Disse aquilo que todos os portugueses que andam de olhos abertos pensam.
O “Grande Rui Rocha” segue os mesmos passos do “Grande André Ventura” , cavalgando alegremente a montura Populista . Mas os Eleitores Portugueses já estão na maioria (vacinados) contra o que estes Srs. que denunciam o que todos nós sabemos já . Mas o pior não é o facto de se definirem como alternativa ao que pior existe , mas sim , uma vez Eleitos , desmontarem do Populismo , e ao abrigo das “Heranças” deixadas por o Governo anterior e aplicarem medidas ainda mais austeras para os Contribuintes em geral !………………………………… O habitual como já se viu , se vê e se verá !