Muitas pessoas recuperaram as férias “normais”, neste ano. Mas as contas a fazer em relação às viagens são bem diferentes.
O Verão de 2022 é, para milhares de portugueses, sinónimo de regresso a férias normais.
Há dois anos, ainda nos primeiros tempos da pandemia, as restrições eram fortes e muita gente mal saiu de casa, ou da sua zona.
No ano passado a liberdade era algo maior mas os números relacionados com o coronavírus ainda assustavam milhares ou milhões de portugueses. E, mais uma vez, muitos não foram para longe.
Por isso, três anos depois, as férias voltam ao que eram. Ou melhor, voltam mais ou menos do que eram.
Na altura de fazer contas das viagens, a contabilidade em relação aos combustíveis é bem diferente.
O ZAP olhou para o preço de um litro de gasóleo aditivado, numa empresa conhecida, em Agosto de 2019: pagávamos 1,414 euros por litro.
Três anos depois, em Agosto de 2022, o mesmo tipo de gasóleo, na mesma empresa e no mesmo posto: 1,869 euros por litro.
Ou seja, para encher um depósito de 50 litros, 70 euros chegavam, praticamente. Isto no Verão de 2019.
No Verão de 2022, para encher um depósito de 50 litros, 90 euros não chegam. Mais concretamente pagamos 93,45 euros.
Noutro exemplo, simulando uma viagem Porto-Lisboa, em Agosto de 2019 gastávamos pouco mais de 21 euros em gasóleo nesse trajecto. Hoje gastamos pouco mais de 28 euros. Só na ida.
Em resumo, paga-se aproximadamente mais um terço do que se pagava há três anos, no gasóleo aditivado. Em 3 anos, subida de 33%.
E isto porque o preço dos combustíveis tem descido nas últimas semanas, baixando nesta segunda-feira para números que se verificavam em Fevereiro, antes do início da guerra na Ucrânia. Há alguns meses havia postos com um litro de gasóleo acima dos 2,20 euros – e aí as contas seriam outras.
A subida considerável do preço dos combustíveis não surgiu somente nos últimos três anos.
Precisamente em 2019, destacámos aqui no ZAP que, apesar da descida do preço do barril de petróleo, o preço dos combustíveis aumentou.
No espaço de uma década, o preço do gasóleo (em Portugal) face ao do petróleo (a nível internacional) passou para o dobro.