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Preço do petróleo dispara. Oferta pode cair com conflito no Médio Oriente

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Os receios quanto a possíveis disrupções na oferta de petróleo a partir do Médio Oriente estão a alimentar a volatilidade, uma vez que vários dos maiores exportadores de petróleo do mundo estão situados na região.

A tensão crescente no Médio Oriente, exacerbada pelo bombardeamento do Hospital Árabe Al-Ahli em Gaza, está a fazer sentir o seu impacto nos mercados financeiros globais.

O cenário de guerra e instabilidade faz disparar os preços de ativos cruciais como o petróleo e o ouro, enquanto diplomatas e líderes ocidentais apressam-se com medidas para acalmar a situação.

O Brent, referência para o mercado europeu, registou um aumento de mais de 2,5%, chegando a ultrapassar os 92 dólares por barril, avança o Público. No final do dia, contudo, os ganhos atenuaram-se para 1,8%, mantendo-se nos 91 dólares.

O West Texas Intermediate (WTI), por sua vez, valorizou 2,7%, mas acabou por descer para 88 dólares por barril. Os receios quanto a possíveis disrupções na oferta de petróleo a partir do Médio Oriente estão a alimentar a volatilidade, uma vez que vários dos maiores exportadores de petróleo do mundo estão situados na região.

Paralelamente, o ouro, considerado por muitos como um ativo de refúgio em períodos de instabilidade, valorizou mais de 1%, negociando acima de 1962 dólares por onça (cerca de 31,10 gramas), o valor mais elevado em cerca de um mês.

A diplomacia está em ação. Joe Biden, Presidente dos EUA, deslocou-se a Israel para conversas com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, enquanto o Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, tem visitas planeadas a países como Egipto, Catar e Turquia, num contexto de apelos para imposição de sanções a Israel, incluindo um embargo ao petróleo, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amir-Abdollahian.

As principais bolsas europeias mostraram uma tendência de baixa, ainda que moderada. O índice Stoxx 600 desvalorizou cerca de 1%. Em Portugal, o PSI manteve-se praticamente inalterado.

Para além do petróleo, a guerra no Médio Oriente também está a influenciar os preços do gás natural, num momento em que a Chevron suspendeu a produção de gás natural liquefeito no campo offshore de Tamar, em Israel. A exportação para o Egito está a ser agora feita através de um gasoduto alternativo que atravessa a Jordânia, colocando em questão o fornecimento regular à Europa.

ZAP //

2 Comments

  1. O mundo começa a estar farto de anglosionistas e suas guerras da treta que só mata inocentes, muitos civis. Nem as mulheres e crianças escapam.

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