O Exército de Israel diz que a explosão no hospital de Gaza, desta terça-feira, que provocou centenas de mortos, não foi causada por fogo israelita, mas sim por foguete da Jihad Islâmica – que negou tais acusações. Desde o início do conflito, já morreram, 853 crianças, em Gaza.
Israel negou novamente, na manhã desta quarta-feira, ter sido responsável pela explosão num hospital de Gaza que matou centenas de pessoas.
O exército israelita diz ter provas de que o ataque foi da autoria do grupo palestiniano Jihad Islâmica – outra organização islâmica armada presente na Faixa de Gaza, que também é alvo de bombardeios israelitas no território palestiniano.
“As provas, que partilhamos com todos vós, confirmam que a explosão num hospital de Gaza foi causada pelo disparo de um foguete falhado da Jihad Islâmica”, disse o porta-voz militar Daniel Hagari, numa conferência de imprensa.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros partilhou, esta manhã, na rede social X (antigo Twitter), um áudio onde, alegadamente, se ouve uma conversa entre agentes do Hamas “enquanto discutem o lançamento falhado do foguete da Jihad Islâmica no Hospital Batista Al-Ahli”.
Hamas terrorists in their own voices:
Listen to the conversation between Hamas operatives as they discuss the failed Islamic Jihad rocket launch on the Al-Ahli Baptist Hospital on October 17, 2023 pic.twitter.com/PUUuqE2Imu
— Israel Foreign Ministry (@IsraelMFA) October 18, 2023
De acordo com Daniel Hagari, “no momento dos disparos”, Israel não estava “a realizar nenhuma operação aérea perto do hospital”. Pelo contrário, um foguete estava a ser dirigido a Israel, precisamente, no momento em que a tragédia no hospital de Gaza ocorreu.
Check your own footage before you accuse Israel.
18:59 – A rocket aimed at Israel misfired and exploded.
18:59 – A hospital was hit in Gaza.You had one job. https://t.co/iCgYOkaE84 pic.twitter.com/Ag2mKCBb6M
— Israel Defense Forces (@IDF) October 18, 2023
Jihad acusa Israel de fabricar mentiras
Esta organização descreveu, em comunicado, como mentiras as acusações feitas por Israel: “Como sempre, o inimigo sionista está a tentar, através da fabricação de mentiras, fugir à responsabilidade pelo massacre brutal que cometeu ao bombardear o hospital e apontar o dedo à Jihad Islâmica”.
“Afirmamos que essas acusações são falsas e infundadas”, vincou.
O anúncio do ataque a este hospital onde muitos habitantes de Gaza se refugiaram para escapar aos bombardeamentos israelitas provocou reações contra o Estado judeu em todo o mundo.
As autoridades da Faixa de Gaza estavam a avançar, esta terça-feira à noite, que o ataque ao hospital anglicano Al Ahli, no norte da Faixa de Gaza, provocou pelo menos 500 mortos.
853 crianças já morreram em Gaza
A ONU elevou para mais de três mil o número de mortos na Faixa de Gaza, desde que Israel respondeu ao ataque do Hamas, a 7 de outubro.
Numa atualização diária sobre o conflito, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla inglesa) disse, no entanto, que não conseguiu contabilizar as vítimas do ataque ao hospital Al Ahli.
O OCHA disse que 853 crianças estão entre os mais de três mil mortos contabilizados na Faixa de Gaza, segundo a agência espanhola EFE.
Os bombardeamentos israelitas por terra, mar e ar mataram 192 pessoas no último dia, antes do ataque ao hospital Al Ahli, disse a ONU.
“Centenas de vítimas adicionais podem estar presas nos escombros”, admitiu o gabinete de coordenação humanitária, que teme que os corpos possam causar epidemias e problemas ambientais.
A ONU também manteve o número de deslocados internos em Gaza em mais de um milhão, dos quais cerca de 352 mil permanecem em escolas no centro e no sul do território geridas pela missão da organização.
Segundo a ONU, foram atacadas zonas do sul de Gaza para onde as autoridades israelitas tinham ordenado que se deslocassem os refugiados, o que criou o caos e levou famílias a regressar a zonas mais a norte.
A Faixa de Gaza sofreu sete dias de falta total de eletricidade, o que reduziu ao mínimo as operações em muitos hospitais, acrescentou.
A atual guerra entre Israel e o Hamas começou a 7 de outubro, quando operacionais do grupo palestiniano fizeram uma incursão sem precedentes em território israelita e mataram mais de 1.400 pessoas, segundo as autoridades de Telavive.
ZAP // Lusa
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Comentar para quê?!!!…
Os meus comentários, aqui, não servem para nada!!!…
Digo só:
O Olhar Inocente numa Criança!!!….( no presente)
O Olhar Violento num Adulto!!!….(no futuro)
Quando observo, os olhos de criança,
vejo bondade, incertezas, confusão, e, insegurança!!.
Quando observo os olhos de um adulto,
vejo ódio, maldade. e revolta!!.
Se este incidente tivesse ocorrido na Ucrânia ninguém teria dúvidas de que o culpado era a Rússia…Porque será?…
Pensem bem, na Palestina fazem foguetes com tubos de canalizações que arracam do sistema de condutas da água , são munições que não têm fiabilidade nenhuma. Desta vez, um foguete rebentou em cima da cabeça de palestinos inocentes.. O exército israelita é bastante profissional, as bombas não caem à toa, os alvos são escolhidos a dedo, a última coisa que fariam era atacar um Hospital e nem é por razões humanitárias, mas sim porque isso alienava o capital de boa vontade que o mundo ocidental tem sobre a sua retaliação ao Hamas.
Por que é que Israel tem de mostrar as provas de que foi a Jihad e esta não tem de apresentar provas de que foi Israel?
Ou seja, Israel até prova em contrário é o culpado.
Já os terroristas não têm de apresentarprovas de nada. Acredita-se e pronto!
Lógica da batata…
De certeza que não foram os marcianos?
Tem gente pacóvia que faz ouvidos de mouco quando se sabe ser pública a declaração do Nathanihu que iria destruir toda faixa de Gaza e ocupá-la.
Oh FM, pensa lá um bocadinho se conseguires. Então Israel afirmou que todos os mísseis do Hamas atingiram Israel e agora de repente atingiram a tua casa.
Raciocínio mais enviesado o teu. Lógica do tubérculo.