Praticamente todos os nomeados aos Óscares já estão em sites de pirataria

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20th Century Fox

The Revenant: O Renascido (2015), de Alejandro González Iñárritu

The Revenant: O Renascido (2015), de Alejandro González Iñárritu

O actual modelo de distribuição dos filmes precisa de ser revisto. Num mundo globalizado pela Internet, começa a não fazer sentido este circuito em que uma produção cinematográfica passa primeiro pelas salas de cinema antes de chegar ao mercado doméstico (DVD, televisão…)

Não só nem todos os filmes merecem uma ida à sala de cinema (até porque esta é uma experiência cada vez mais cara), como muitas vezes as pessoas não querem esperar pela exibição dos produtos cinematográficos no grande ecrã por esta demorar demasiado tempo relativamente ao país de origem dos mesmos.

Veja-se o caso de The Revenant, um dos filmes que mais preencheu as redes sociais ao longo do último mês e picos. Protagonizado pelo Leonardo DiCaprio e realizado por Alejandro González Iñárritu, estreou nos Estados Unidos no final de 2015 e só esta semana chegou às salas portuguesas.

The Revenant é apenas um dos nomeados aos Óscares que a pirataria se encarregou de distribuir pelo mundo inteiro antes das próprias distribuidoras. Graças aos sites que ilegalmente partilham conteúdos protegidos por direitos de autor, é hoje possível assistir a filmes no conforto do sofá de casa pouco depois de estarem prontos e/ou mesmo antes da estreia nas salas de cinema.

Segundo o TorrentFreak, entre os 37 filmes nomeados para os Óscares, 95% estão já acessíveis através de sites piratas. De fora ficam apenas as curtas-metragens e os filmes estrangeiros (leia-se não-americanos).

A maioria dos filmes está disponível em qualidade DVD ou Blu-ray, uma vez que resultam de cópias enviadas a críticos, jurados de prémios e outros profissionais da indústria do cinema. Mas nem todas as versões piratas são de boa qualidade, é o caso do novo Star Wars.

A persistência da pirataria em durar e a proliferação de cada vez mais plataformas de streaming legal, como o Netflix, são a prova de que as pessoas querem ter controlo sobre a distribuição dos conteúdos.

Por exemplo, o Netflix, que está disponível globalmente, consegue num determinado dia distribuir um filme para o mundo inteiro. Beasts Of No Nation, a primeira produção cinematográfica do Netflix, pode ser visto em qualquer parte do mundo, quando e no ecrã que o assinante quiser.

Shifter

1 Comment

  1. Na realidade a questão da “pirataria” pode ser visto de diversas formas, o filme acima citado custou cerca de 135 milhões de dólares e já rendeu, só no cinema, cerca de 406 milhões.
    Será então assim tão imoral possibilitar a milhões de pessoas a hipótese de o ver de forma gratuita, muitas delas que nunca teriam a oportunidade para isso se tivessem que pagar?
    E o cinema terá sempre a “magia” de ser visto numa boa sala de espectáculo; vejo por mim, tenho uma boa net, consigo “sacar” um filme em 4 / 6 minutos e no entanto vou cerca de 4 / 5 vezes por mês ao cinema. Aproveito sim a net para ver cinema de outras paragens, que não a grande industria de Hollywood, que de outra forma nunca saberia que foram realizados. Isso é a verdadeira net..partilha de culturas e conhecimento.

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