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Alfonso Rueda
O PP manteve a maioria e os socialistas foram os grandes derrotados da noite. Os nacionalistas do Bloco Nacional Galego afirma-se como a principal força da oposição na região.
O Partido Popular (PP) assegurou uma vitória robusta nas eleições regionais da Galiza, mantendo a maioria absoluta no Parlamento com 40 deputados, dois acima do necessário para governar sem precisar de coligações.
O resultado marca a continuação do domínio do PP na Galiza, uma tradição que se estende desde 2009, sob a liderança regional de Alfonso Rueda. Na reação aos resultados, Rueda comprometeu-se a trabalhar “para estar à altura da Galiza” e acredita que a eleição “enviou uma mensagem a Espanha de que na Galiza não queremos chantagem, mas entendimento e igualdade entre todos”.
O Bloco Nacionalista Galego (BNG) foi outro dos grandes vencedores e afirmou-se como a principal força de oposição. O partido alargou a sua presença no Parlamento de 19 para 25 deputados, num resultado histórico, avança o The Guardian.
O BNG conquistou ainda vitórias significativas em áreas-chave, incluindo Vigo, a maior cidade da Galiza. Ana Pontón, a candidata do BNG, acredita que o BNG sai destas eleições “consolidado e fortalecido” e que se afirmou como “a alternativa ao PP”.
Por outro lado, o Partido Socialista da Galiza (PSdeG) enfrentou um revés, retendo apenas nove dos seus anteriores 14 assentos, o que se traduz no pior resultado da sua história. José Ramón Besteiro, do PSdeG, reconheceu que o partido “precisa de consolidar um projecto que seja uma alternativa real e segura”.
Já a Democracia Ourensana (DO), um partido populista e regionalista, conseguiu marcar presença no parlamento pela primeira vez, elegendo um deputado. Gonzalo Pérez Jácome, figura principal da DO, garante que o partido vai “ficar quatro anos a protestar” e deixa uma promessa caricata: “Vamos aumentar as audiências dos diretos das sessões do parlamento”.
A eleição foi também marcada pela mais alta participação eleitoral registada na Galiza, com 67% dos eleitores a irem às urnas, um aumento significativo em comparação com 2020, que teve 48,97% de participação. A elevada afluência reflete um forte engajamento cívico, incluindo entre os galegos no exterior, onde a participação também foi notavelmente alta.
