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Há “medo no corpo”, mas pouca gente foi aos protestos contra incêndios

Fernando Veludo / LUSA

Protesto “O país arde, temos de acordar”

Manifestações em 13 localidades, porque “O país arde, temos de acordar”. Mas poucos parecem ter acordado para este problema.

Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Castanheira de Pêra, Pedrógão Grande, Odemira, Vila Nova de Poiares, Sertã, Torres Novas, Gouveia, Arganil e Melres.

Foram estes os 13 palcos das manifestações deste domingo contra os incêndios, o abandono do território e a monocultura do eucalipto.

Os organizadores da iniciativa ‘O país arde, temos de acordar’ apelaram à “urgência de um sobressalto cidadão” para combater esta questão que voltou a assolar Portugal nos últimos dias.

Mas a adesão não terá sido a esperada. No geral, foram desfiles discretos, com pouca gente.

Na capital Lisboa, poucas dezenas de pessoas apareceram, descreve o Jornal de Notícias – apesar do grande aparato policial.

A organizadora Mónica Casqueira justificou a pouca adesão em Lisboa: “É o início de um movimento de várias organizações e é natural que nas manifestações, estando espalhadas pelo país em cada local, haja poucas pessoas”.

Mas em Braga juntaram-se cerca de 50 pessoas, relata o Correio do Minho.

Em Melres (Gondomar), um dos locais mais afectados do país, só estiveram presentes cerca de 10 pessoas.

O morador João Moreira lembrou: “Foi uma coisa horrível. Ainda me sinto em modo rescaldo, ainda não respiro. Foram horas de luta. Esta minha filha só hoje foi à cama porque anda sempre de vigia ainda”.

E só neste domingo as crianças voltaram a brincar no jardim: “Porque a terra ainda fumega. Porque ainda temos o medo entranhado no corpo“.

ZAP //

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