Um novo estudo indica que a infeção prévia por SARS-CoV-2 protege a maioria dos indivíduos contra a reinfecção durante uma média de sete meses
As probabilidades de reinfeção não descem até zero, mas um novo estudo, publicado na revista científica Lancet a 9 de abril, sugere que diminuem bastante.
A pesquisa envolveu 25.661 trabalhadores de hospitais públicos de toda Inglaterra, 8.278 dos quais infetados anteriormente por SARS-CoV-2, e chegou à conclusão que as pessoas que tinham tido covid-19 apresentavam um risco 84% menor de serem reinfetadas e um risco 93% menor de infeção sintomática, durante os sete meses em que foram seguidas.
“Este estudo mostra que a infeção anterior por SARS-CoV-2 induz imunidade efetiva em infeções futuras na maioria dos indivíduos”, lê-se no documento, citado pela Visão.
Por exemplo, de junho de 2020 a janeiro de 2021, 1,4% dos 8.278 participantes que já tinham tido covid-19 foram reifetados (18.7 reinfeções por mil participantes), em comparação com e 9,8% dos 17.383 participantes que nunca tinham tido a doença anteriormente (98 novas infeções por mil participantes).
Relativamente ao facto de a infeção ser ou não sintomática, das 1859 registadas em janeiro, das 155 que eram reinfeções, 78 (50,3%) foram sintomáticas, enquanto que, das 1704 que eram primeiras infeções, 1369 (80,3%) foram sintomáticas.
O estudo revelou ainda que nos casos onde existiu reinfeção, o intervalo médio entre esta e a infeção primária “foi de mais de 200 dias”, ou seja, mais de seis meses e meio.
Segundo os autores, tendo em conta as incertezas que ainda existem relativamente ao tempo de imunidade conferido pelas vacinas, é essencial compreender a natureza e a taxa de reinfeção por SARS-CoV-2, a fim de melhor orientar as medidas de controlo.
Coronavírus / Covid-19
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