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Famílias portuguesas são das que mais pagam impostos na fatura da eletricidade

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As famílias portuguesas são das que mais pagam em taxas e impostos na fatura da luz em toda a Europa. Nos clientes domésticos, só os dinamarqueses e os alemães têm uma parcela fiscal mais alta.

Segundo o Eurostat, as taxas e os impostos pesam 47% da fatura mensal de eletricidade dos clientes domésticos.

Faturas com valores superiores só na Dinamarca e na Alemanha, países onde esta parcela vale 67% e 52%, respetivamente.

Já na fatura do gás, os impostos em Portugal pesam 27%, sendo esta a quinta taxa mais elevada da União Europeia. Em contrapartida, a indústria e as empresas portuguesas são das que menos impostos e taxas pagam no gás.

Os dados são dos boletins de comparação de preços da eletricidade e do gás natural da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), com base na informação publicada pelo Eurostat, e mostram que Portugal é o oitavo país da União Europeia com o preço mais elevado de eletricidade para consumo doméstico e o 10.º no que se refere ao gás natural.

Já na comparação com os parceiros europeus, os clientes empresariais beneficiaram de uma tarifa 6,8% abaixo da média da UE, 12,3% abaixo da zona euro e 1,48% abaixo dos preços praticados na vizinha Espanha.

No caso das famílias, a poupança foi de 6,26% face à média da zona euro e de 11,17% face aos consumidores domésticos espanhóis, mas 0,13% acima da média paga na União Europeia.

Os chamados Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), “que resultam de opções de política energética”, são a parcela com maior peso: valem 28% da fatura de eletricidade dos lares portugueses.

No segmento não doméstico, a componente de energia e redes representa 70% do preço final, sem IVA, sendo a parcela de taxas e impostos a quinta mais elevada da UE.

Quanto ao gás natural, os preços médios praticados em Portugal no segundo semestre de 2020 foram de 0,0914 euros por quilowatt/hora no segmento doméstico e 0,0219 no não doméstico, valores que representam um desconto de 13,94% e de 6,45%, respetivamente, face à média da UE e da zona euro, no que às famílias diz respeito.

Como avança o Diário de Notícias, no período em análise, Portugal registou uma ligeira descida dos preços de gás natural no segmento doméstico (-0,1%) e uma descida acentuada destes preços no segmento não-doméstico (-24%), quando comparado com o semestre homólogo de 2019.

De acordo com a ERSE, esta descida de preços deve-se à redução dos preços das tarifas de acesso às redes e à diminuição dos custos de gás natural nos mercados internacionais.

Relativamente à fiscalidade, no segmento doméstico, as taxas e impostos corresponderam a 28% da fatura mensal das famílias portuguesas, sendo a quinta mais elevada. A Dinamarca lidera, mais uma vez, com taxas e impostos a valer 51% da fatura de gás natural.

ZAP //

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6 Comments

  1. É um insulto aos portugueses que pagam as suas contribuições, quando vemos os chineses a terem lucros de milhões, os gestores a ganharem outros tantos e o desgraçado do povo ou paga ou fica às escuras!
    Viva a Liberdade! Que serviu a quem? A quem?……..???

  2. As famílias, as pessoas que não têm empresas, que não podem esconder os rendimentos são ao proverbial mexilhão.

    Não têm como fugir.

    Se deixam de pagar confiscam-lhes os bens.

    As empresas não têm nada, é tudo alugado a terceiros que ainda concorrem para cobrar do que sobra da falência.

    Imagina quem são os terceiros…

    Um exemplo:

    Eu tenho um terreno que meto no nome de uma empresa classificada como “Sociedade Anónima”.

    Nesse terreno eu levanto uma estrutura fabril que alugo a uma outra empresa que é minha mas em que o meu nome não consta, é outra “Sociedade Anónima”.

    Recebo subsídios, produzo com materiais de fornecedores a quem não pago, vendo e não pago os impostos, abro falência e não paguei salários e encargos para a Segurança Social.

    O dinheiro entretanto foi gasto com “despesas”, investimentos sem retorno, aluguer das instalações e serviços a outras empresas da minha “Holding” por preços exorbitantes, etc.

    A “Sociedade Anónima” ainda recebe auxílios para recuperar da falência e no final os gestores recebem prémios de desempenho, veja-se o Novo Banco.

    Enquanto o povo tiver pão e circo está tudo bem, há que manter as pessoas pobres e estúpidas.

  3. Completamente de acordo. A roubalheira é legal e intrínseca ao sistema. E com isto, os negócios legítimos, que produzem e empregam, também sofrem com este esquema. Claro, para além do obvio e mais grave que são as pessoas. O contribuinte.

  4. Se fosse só da luz ainda estaríamos muito bem, o pior é que vai tudo a eito! Impostos e burocracia é coisa que não falta no país do simplex!

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