Em 2020, os portugueses tiveram 73,5 mil milhões de euros parados em contas à ordem, sendo que este é o valor mais elevado desde 2003. Apesar do valor recorde das poupanças das famílias, muito do dinheiro não foi colocado a render.
A inflação – 0,6% em abril face ao mesmo mês de 2020 – faz aquele montante valer menos 450 milhões este ano.
Recuando até 2003, verifica-se que a taxa de poupança das famílias era semelhante à de 2020 (12,8%). Contudo, nesse ano, a taxa de juro média dos depósitos a prazo era superior a 2%, há um ano era de 0,11%.
“O medo levou as pessoas a deixar o dinheiro na conta à ordem, principalmente por haver poucas oportunidades de investimento atrativo”, disse o diretor do Mestrado em Finanças da Católica Porto Business School, Ricardo Cunha, em declarações ao Jornal de Notícias.
Segundo o mesmo jornal, as perspetivas económicas não são ideais para investimentos lucrativos para o cidadão comum, uma vez que as taxas de juro deverão manter-se baixas para estimular a economia na recuperação pós-pandemia.
De acordo com Nuno Rico, economista da Deco, quando as taxas de juros dos créditos também estão em níveis historicamente baixos, uma opção para aplicar o reembolso do IRS pode passar por “amortizar dívida antiga, paga com juros elevados, ou trocá-la por dívida nova”, com juros mais baixos.
“Com as taxas de juro que encontramos em alguns créditos, de 20% e mais, pagar essa dívida hoje vai render mais do que aplicar o mesmo valor em depósitos a prazo”, exemplificou.
A render?!! Mas onde, nos depósitos a prazo kkkkkkkkkkkkkk
Não existe em Portugal uma aprendizagem económica benéfica ao povo, digam o que disserem. Os que investem são os poderosos num circulo fechado e de secretismos ridículos.
Subscrevo.