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Portugal vai antecipar pagamento de 2 mil milhões da dívida externa

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EU Council Eurozone / Flickr

A ministra as Finanças, Maria Luís Albuquerque

A ministra as Finanças, Maria Luís Albuquerque

A ministra das Finanças anunciou este sábado no Cadaval que o Governo vai, ao contrário da Grécia, antecipar este mês o pagamento de dois mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para poupar nos juros.

“Vamos reembolsar antecipadamente perto de dois mil milhões de euros ao FMI para poupar nos juros e fazemos este reembolso antecipado porque, com o nosso trabalho, conseguimos que os juros que pagamos no mercado da dívida sejam efetivamente mais baixos”, afirmou Maria Luísa Albuquerque.

A ministra das Finanças, que falava durante um jantar com militantes da distrital do PSD/Oeste, no concelho do Cadaval, adiantou que o Governo “já iniciou os procedimentos” para esse fazer o reembolso antecipado “ainda este mês”.

“Se a situação exterior é assim tão favorável, basta compararmo-nos com outro país da Europa que, em vez de antecipar pagamentos ao FMI, os adia”, sublinhou a governante dirigindo-se ao PS que, lembrou, foi um dos partidos da esquerda a fazer “referências elogiosas ao Governo” grego, liderado por Alex Tsipras.

A ministra das Finanças explicou que a antecipação das prestações para diminuir a dívida externa é possível graças ao “caminho de responsabilidade” que o Governo PSD/CDS-PP tem vindo a seguir, no sentido de reduzir a despesa e do défice que, recordou, era “superior a 11% do Produto Interno Bruto” quando o atual Governo entrou em funções, e que deverá ser “superior a 3% no final deste ano”.

Do lado da despesa, sublinhou a redução do peso do Estado, dando como exemplos a poupança de 22 milhões de euros nos últimos quatro anos, com os automóveis oficiais do Estado, optando por gamas “mais baratas”.

Sobretaxa do IRS é para reduzir em quatro anos

A ministra das Finanças defendeu a redução dos impostos e a reposição dos cortes salariais da Função Pública “de forma gradual” nos próximos quatro anos e não já em 2017, como propõe o PS.

“Quando olhamos para os próximos quatro anos, vemos que temos condições reais para melhorar as condições de vida das pessoas, a reduzir o desemprego, a reduzir os impostos com a redução gradual da sobretaxa de IRS, com a reposição dos rendimentos dos trabalhadores do setor público”, defendeu Maria Luís Albuquerque.

Contudo, ao contrário do PS, que propõe a reposição integral dos salários e o fim da sobretaxa do IRS já em 2017, a governante afirmou que a coligação PSD/CDS-PP pretende fazê-lo “gradualmente” nos próximos quatro anos.

“Se fizermos depressa demais, mais cedo ou mais tarde a situação agrava-se e tem de se tirar outra vez e os portugueses não merecem isso”, justificou.

/Lusa

1 Comment

  1. Enquanto uns não cumpriram promessas por causa dos “armários” mas recuperaram a credibilidade o que lhes permite encetar negociações com credores para reduzir encargos futuros, descaradamente outros antecipam despesas com reposição dos salários (40%) da Função Pública, a redução do IVA da restauração para os 13% e a eliminação gradual da sobretaxa de IRS…Na convenção de propaganda uma única voz se ergueu contra e 7 abstenções!
    E o quê que o ex-2º de Sócrates andou a apregoar? Então não era o A.Costa que dizia estar na frente com outros grupos socialistas da Europa que defendiam a renegociação das dívidas soberanas, ao lado dos blocos esquerdistas da Grécia e de Portugal?
    Até de barriga empurram. O que vier virá!!! E o tacho ainda não chegou à mesa mas sabe-se cheio.

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