Seleção nacional chegou ao jogo com a Bélgica sem futebolistas do Benfica na lista dos convocados. Nunca tinha acontecido em Europeus ou Mundiais.
Cada selecionador nacional teve autorização para convocar, pela primeira vez, 26 futebolistas para um Europeu de futebol. Aconteceu no Euro 2020 Euro 2020 por causa do coronavírus. No entanto, para cada jogo só podiam ser chamados 23 atletas, tal como nas edições anteriores.
Para o duelo com a Bélgica, Fernando Santos optou por deixar fora da ficha de jogo William Carvalho, Gonçalo Guedes e Rafa Silva. Eram os três que, ainda antes do encontro, já se sabia que não iriam entrar em campo.
Centramo-nos no último: Rafa. O avançado foi o único representante do Benfica na seleção nacional neste Europeu. Como ficou fora dos convocados para a partida dos oitavos-de-final, este encontro com a Bélgica transformou-se no primeiro jogo de sempre da seleção portuguesa sem qualquer futebolista do Benfica convocado, contabilizando todas as fases finais de Europeus e Mundiais.
No histórico dos Europeus, o Benfica sempre cedeu jogadores (muitos, algumas vezes) à seleção nacional: oito futebolistas em 1984, três em 1996, dois em 2000, seis em 2004 e dois jogadores em cada uma das três edições seguintes, em 2008, 2012 e 2016.
Até ao Euro 2016 houve sempre pelo menos dois futebolistas do Benfica em cada ficha de jogo da seleção portuguesa, em Europeus.
No entanto, já houve dois Mundiais nos quais Portugal nunca teve em campo um futebolista do Benfica: no Mundial 2002 (Marco Caneira foi convocado mas nunca jogou) e no Mundial 2018 (cenário igual para Rúben Dias).
E o Benfica terá jogadores portugueses?
Eu não ligo à bola mas, só oiço nomes estrangeiros…
Curiosidade ou pouco rebuscada, ainda que a estatística seja correcta correcta, considerando um único jogo. E Rafa não era o único convocado? Se calhar o Fernando Santos quis fazer história estatística…E, exceptuando o caso, muito particular de Pepe, que jogadores do FCP ou SCP tenham “marcado” o Euro? E quando o Real Madrid não tem um sequer convocado, que dizer da Liga portuguesa? Quantos jogadores a jogarem na Bélgica jogaram contra Portugal? E os jogadores dos três grandes que jogam, ainda, na Liga portuguesa, não tinham mercado significativo em 30/6/2020.
A tendência vai agudizar-se, não será preciso esperar muitos anos para que nenhum dos chamados três não tenham nenhum seleccionável nas suas equipas. É a lógica de mercado, é impossível aos clubes e irresistível para os jogadores que facilmente triplicam ou mais, o que ganham nos clubes indígenas. E, além dos salários, há o glamour de jogar numa grande liga.
Portugal vai “cair” no rol dos clubes formadores, desenvolver talentos próprios e, ao mesmo tempo, varrer o mercado internacional à procura de pechinchas, o que faz, por exemplo, o Ajax, é possível conciliar o competitivo com a sobrevivência sustentada e o Ajax, por exemplo, não deve centenas de milhões à banca do país, não colecciona prejuízos que seriam casos de investigação judicial para responder à questão de onde vem o dinheiro que sustenta os clubes apesar dos prejuízos.
O facto de em Portugal existirem três grandes clubes, que tudo sodomizam e canibalizam, é apenas uma ilusão entorpecente, o futebol em Portugal vai bater no fundo, a Liga deste ano foi uma demonstração clara da falta de qualidade do pontapé-na-bola indígena, o Sporting é, depois do Benfica em 2005, o campeão com menos qualidade e chegou para ganhar, tranquilamente.
Apesar da conturbada época que se vive no meu clube, depois da bebedeira do Seixal, a ideia, correta, existe, mesmo que sobrevalorizada pelo sucesso do Seixal: qualquer jovem, com ste/oito anos de clube, não pode ser dispensado, se com 19/20 anos tiverem um valor de mercado de 5, 8 ou 10 milhões, são para vender., pagam, com lucro, o investimento na formação. E o facto, que considero irrefutável, que a etiqueta “Seixal” deve valer, no mínimo, cinco milhões. Se não é possível e não é, formar para a equipa principal, é fundamental que a formação seja qualificada, em quantidade e qualidade, as pérolas encontram-se, sempre, por acidente, não são programáveis.