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Portugal reembolsa antecipadamente ao FMI mais 2,78 mil milhões

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Manuel de Almeida / Lusa

O ministro das Finanças, Mário Centeno

Portugal reembolsou antecipadamente o Fundo Monetário Internacional (FMI) em mais 2,78 mil milhões de euros, anunciou esta sexta-feira o Ministério das Finanças em comunicado.

O pagamento da parcela, que vencia entre junho de 2020 e maio de 2021, foi realizado na quinta-feira e, com ele, “ficam liquidados 76% do empréstimo do FMI“, no montante de 26,3 mil milhões de euros.

O gabinete de Mário Centeno acrescenta ainda que durante este ano foram já pagos 9,012 mil milhões de euros, o que representa “o valor máximo amortizado, em termos anuais, até à presente data”.

Segundo a fonte, o plano de amortizações antecipadas do FMI continuará a ser implementado em 2018.

“O reembolso antecipado ao FMI contribui decisivamente para a melhoria da sustentabilidade da dívida, reduzindo o custo desta e permitindo, simultaneamente, uma gestão dos pagamentos mais equilibrada e o aumento da maturidade média”, sinaliza.

Segundo a TSF, no entanto, Mário Centeno já confirmou no Parlamento o reembolso e defendeu que Portugal “merece e tem que aproveitar” o atual cenário de juros baixos para reduzir de forma “gradual e sustentada” a dívida.

“Esperamos alcançar uma redução gradual da dívida consistente e sustentada, passando de 130%, em 2016, para 126% em 2017 e baixando de novo para 123%, em 2018”, disse o ministro das Finanças.

“Este é um desafio que não podemos perder porque sabemos que vêm aí tempos melhores para a economia europeia e que, com eles, o ciclo das taxas de juro baixas poderá ser alterado. Não podemos chegar a esse momento sem ter a dívida em percentagem do PIB a cair de forma sustentada”, sublinhou Mário Centeno.

// Lusa

2 Comments

  1. É sempre bom diminuir dívida e nisso qualquer governo que tenha essa ideia é sempre bem vinda.
    O que infelizmente não é dito é que do ponto de vista absoluto a dívida esta a aumentar, o que baixou é a valor relativo à dívida. Esse valor relativo ainda por cima toma em atenção critérios extremamente voláteis nesta altura (PIB, juros, potenciais ganhos, etc.)
    Em quanto não houver um governo que traga a verdade da situação e sacrifícios equitativos por toda a população (ou entidades) a realidade vai ser sempre muito aterradora para o futuro.

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