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Portugal à porta do top 10 no ranking dos salários mínimos mais elevados

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presidenciaperu / Flickr

O presidente da França, Emmanuel Macron

Emmanuel Macron lançou o debate sobre a criação de um salário mínimo europeu. Portugal está em 12.º lugar no ranking dos salários mínimos mais elevados.

O Presidente francês Emmanuel Macron publicou recentemente um artigo de opinião no qual defende a criação de um salário mínimo europeu, discutido anualmente todos os anos por todos os países da União Europeia (UE).

Esta medida defendida por Macron integra um conjunto de propostas como resposta aos nacionalismos. Essa lista inclui, além do salário mínimo europeu, a criação de uma agência europeia para a proteção de democracias, com o objetivo de evitar a ingerência de Estados estrangeiros nas eleições dos países da UE, adianta o Observador.

Já no setor da imigração, o Presidente francês quer a criação de um serviço europeu de asilo. Por sua vez, no ambiente, defende a criação de um Banco Europeu para o Clima que financie a transição energética rumo ao carbono zero em 2050.

No entanto, é o salário mínimo europeu que atrai mais atenções. Sem se adiantar muito, Macron diz que esta medida tem como objetivo criar “um escudo social que garanta a mesma remuneração no mesmo local de trabalho e um salário mínimo europeu, adaptado a cada país e discutido coletivamente a cada ano“.

No ranking de países da União Europeia, Portugal surge em 12º lugar, muito perto do top 10, no que toca aos salários mínimos mais elevados. Foram os aumentos levados nos últimos anos que fizeram Portugal estabelecer-se nesta posição, nomeadamente os 700 euros aprovados para este ano – valor oficial para efeitos estatísticos, devido ao pagamento de 14 meses.

O Luxemburgo lidera o ranking, com 2071,10 euros de salário mínimo, seguido pela Irlanda, com 1656,20 euros, e a Holanda, com 1615 euros. Espanha surge no 9.º lugar, com os recém-aprovados 1050 euros. No último lugar do top 10 está a Eslovénia, com 886,6 euros, seguida de Malta e, finalmente, Portugal.

Contudo, a medida que Macron quer implantar pode não ser uma tarefa assim tão fácil de conseguir, devido aos mecanismos de regulação de cada país. Como explica o Observador, em certos Estados da UE não está definido um salário mínimo e, nos países em que existe esse mecanismo, o modo de cálculo e de negociação com as entidades patronais difere de país para país.

Na Irlanda, por exemplo, o salário mínimo difere nas diferentes faixas etárias. Já em França ou no Reino Unido, os aumentos são decididos por comissões de especialistas e são universais.

ZAP //

1 Comment

  1. Salário mínimo??Macron deveria se preocupar mais em criar mais empregos ..Isso,sim..
    Infelizmente na europa , para a maioria de jovens que querem um trabalho, o salário mínimo é antes de tudo um obstáculo para o primeiro emprego.

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