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Portugal perdeu 2800 caixas multibanco desde a chegada da troika

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José Sena Goulão / Lusa

Desde 2011, ano da entrada da troika no país, Portugal perdeu 2800 caixas multibanco, registando assim um ritmo médio de perda de 467 caixas por ano.

Segundo o Jornal de Notícias, que avança a notícia esta quarta-feira na sua edição impressa, no final de 2017, Portugal tinha 14.500 caixas multibanco, menos 2800 que em 2011, ano da entrada da troika em Portugal. Dos 14.500 balcões ATM, só 11.823 pertenciam à rede nacional SIBS.

Esta redução não inclui a expansão de algumas empresas privadas de balcões multibanco que têm entrado no mercado nacional, como é o caso da rede estrangeira Euronet, que já tem mais de 300 caixas por todo o país. No entanto, à medida que estas empresas chegam a Portugal, o número de caixas multibanco tem vindo a diminuir de forma regular, aponta o diário.

De acordo com dados do Banco de Portugal, em média, o país perdeu 467 caixas ATM por ano. Parte desta redução estará relacionada com o encerramento de vários postos de atendimento direto ao cliente dos bancos.

Entre 2017 e 2011, desapareceram 1413 postos, o equivalente à eliminação de 236 lojas bancárias físicas por ano.

ZAP //

4 Comments

  1. Pois é ! Vamos voltar ao tempo de guardar o dinheiro debaixo do colchão !
    Os bancos estão a recuperar e apresentar bons resultados porque estão a “chupar” o povinho com taxas e taxinhas mesmo que movimente ou não a conta.
    Em juros é o que vê ! Até fazem creditos à habitação para gajos cheios de dinheiro que compram imóveis e depois vendem por uma margem alta. Pagam ao banco e ficam com a margem que é mais que os juros se tivesse dinheiro a render. São estes os chamados “imóveis do banco”.
    Não sei onde isto vai parar sinceramente. É sempre mais do mesmo, os ricos cada vez mais ricos, a classe média a chegar ao patamar dos pobres e estes últimos cada vez mais pobres.

  2. Que alegria que é Portugal. Vai-se na rua e só se vê gente rica. Tudo bem vestido, último grito, tudo agarrado aos iphones último modelo, etc. Comes e bebes da moda, sempre pejados, a qualquer hora do dia. Tudo gente nova, a horas de expediente. E não são turistas. São portugueses. Que estranho… Pergunto-me, como ganhará esta gente a vida?

  3. A notícia é o que é e cada um faz a leitura pretendida.
    O que parece ser verdade, é que os bancos, sem excepção, demitiram-se há muito, de prestar um serviço que devia ser obrigatório e gratuito, aos seus clientes.
    E tudo tem vindo a acontecer com o compadrio do Banco de Portugal, cheio de boas intenções mas que nada faz, porque não quer fazer.
    Os dinheiros depositados nos bancos não são minimamente remunerados e ainda pagam taxas por cima e tudo tem de ser pago pelo cliente.
    É esta a forma como o governo português incentiva a poupança das famílias.
    Os multi bancos são substituídos por ATM apenas por uma razão. Comissões! Esta é a verdade. Será possível que o BP, permita que acabem os multi bancos? Será que os portugueses são obrigados a sustentar todo o tipo de pançudos que aparecem no mercado? Sistematicamente o BP acorda tarde e a más horas, quando acorda…
    e é muito estranho que os bancos, coitadinhos, não tenham dinheiro para nada, não tenham empregados que satisfaçam as necessidades de logística (para um simples depósito são filas enormes) e depois, pomposamente, anunciem publicamente, “lucros, no primeiro semestre, de várias centenas de milhões de euros”.
    E o BP e o governo, embevecidos com os bons resultados financeiros obtidos, deixam passar carros e carretas, passando por cima dos mais elementares direitos dos depositantes, que somos todos nós. Parabéns!

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