Portugal foi o sétimo país da União Europeia (UE) a conceder mais autorizações de residência a cidadãos extra-comunitários em 2021, tendo atribuído 84 805 vistos. Em 2019 tinham sido 93 mil e no ano seguinte 84 397.
Segundo o Eurostat, citado pelo Jornal de Notícias, relativamente a vistos concedidos por 1000 habitantes, Portugal ocupa o 8.º lugar, com 8,2 autorizações. A média da UE é 6,6, com a França e a Alemanha – os países mais populosos – entre os cinco com valores mais baixos (4,2 e 2,2). Malta (27,7), Polónia (25,6) e Chipre (24,6) lideram.
Portugal lidera no número total de vistos concedidos, caso se tenham em consideração somente os países da UE com entre 9 e 11 milhões de habitantes.
De acordo com os mesmos dados do Eurostat, 46,5% das licenças de residência atribuídas por Portugal foi conferida a brasileiros. Seguem-se os indianos (8,73%) e os angolanos (5,42%).
Das 84 805 autorizações de residência concedidas por Portugal em 2021, 45,6% prendeu-se com motivos de emprego. As razões familiares (34,8%) e os estudos (12,9%) são os outros dois motivos mais apresentados. Houve, ainda, 6,7% de vistos não categorizados.
O número de licenças de residência atribuídas em 2021 foi o segundo maior desde 2012. Ao nível da UE, foram concedidos 2 952 milhões de autorizações de residência em 2021. Representa uma subida de 31% face a 2020, levando a quantidade de vistos atribuídos a chegar a níveis pré pandemia (2 955 milhões em 2020).
O Eurostat revelou ainda que a Polónia emitiu um terço de todas as primeiras autorizações de residência concedidas na UE a cidadãos não comunitários – 33% do total, a maioria ucranianos. Seguiram-se Espanha (13%) e França (10%).
O maior aumento face a 2020 aconteceu em Itália (159%) e as descidas ocorreram na Alemanha (menos 41%), Lituânia (menos 0,7%) e Croácia (menos 0,4%).
Embora os dados sejam de 2021 (pré-guerra da Ucrânia), os ucranianos foram quem recebeu o maior número de licenças (875 mil). Seguiram-se os marroquinos (150 mil) e os bielorrussos (149 mil).