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Portugal congelou dois mil milhões de euros por suspeitas de “dinheiro sujo”

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João Relvas / Lusa

Lucília Gago, procuradora-geral da República

O Ministério Público recebeu entre Janeiro e Outubro 7.019 comunicações de operações suspeitas de branqueamento de capitais que deram origem a 518 decisões de suspensão de operações. Estão em causa verbas de 2,1 mil milhões de euros.

Os dados foram revelados pela Procuradora-Geral da República (PGR), Lucília Gago, durante a conferência ‘A justiça no fisco e na administração pública’, organizada pelo Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD), em Lisboa.

Referindo-se à actividade do Ministério Público (MP) no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, Lucília Gago destacou que, “no período entre 01 de Janeiro de 2019 e 31 de Outubro de 2019, foram comunicadas ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal sete mil e dezanove operações suspeitas de branqueamento de capitais que deram origem a 518 decisões de suspensão de operações”, envolvendo valores da ordem dos 2,1 mil milhões de euros.

Nestas decisões de suspensão das operações estavam envolvidos 751 milhões de euros, cerca de mil milhões de dólares norte-americanos e 560 mil libras esterlinas, adiantou a PGR, sustentado que são “valores consideravelmente superiores” aos registados no mesmo período do ano passado.

Lucília Gago afirmou ainda que este combate “não se faz apenas com mecanismos de prevenção”, sendo necessário adoptar “procedimentos de repressão suficientemente eficazes e dissuasores.”

“É indispensável asfixiar financeiramente todos os que encontram no crime a forma exclusiva de obter lucro”, de modo a garantir que o “crime não compensa”, referiu ainda a PGR como cita o Correio da Manhã.

ZAP // Lusa

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