A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou, esta segunda-feira, que vai promover, juntamente com a Federação Francesa de Futebol (FFF), um intercâmbio de árbitros.
“Portugal e França vão promover um intercâmbio de árbitros no seguimento do entendimento estabelecido entre os órgãos que gerem a atividade do setor nos dois países”, pode ler-se no comunicado divulgado pela FPF, acrescentando que esta medida se enquadra “numa perspetiva de formação e aquisição de experiência internacional”.
A Federação Portuguesa de Futebol explica que este intercâmbio “abrange os campeonatos das ligas profissionais dos dois países e envolve equipas de arbitragem de campo e de VAR, sempre que a nomeação for para uma prova que recorra a esta tecnologia”.
Na mesma nota, José Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, assinalou a importância deste protocolo, considerando que é o objetivo é “oferecer aos árbitros as melhores condições que contribuam para a sua evolução, seja no âmbito da formação, do conhecimento, da tecnologia, mas também noutras dimensões”.
Pascal Garibian, diretor do departamento de arbitragem da Federação Francesa de Futebol, também comentou este intercâmbio, lembrando que, desde há alguns anos, a FFF “mobiliza recursos significativos com o objetivo de colocar os árbitros profissionais nas melhores condições em termos de preparação e desempenho”.
“As nomeações para competições internacionais comprovam o sucesso desta política. A colaboração com a Federação Portuguesa, no seu conjunto, traduz este esforço de excelência na arbitragem e para o qual a FFF se comprometeu”, disse ainda.
Em fevereiro, quando a imprensa desportiva começou a dar conta desta possibilidade, Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), disse que preferia “aguardar para perceber a dimensão e intenção deste protocolo”, mas que tinha a certeza que o presidente do Conselho de Arbitragem não iria aceitar que pudesse “ser passado um atestado de incompetência aos nossos árbitros”.
Na altura, o presidente da APAF disse também que este intercâmbio até “pode fazer sentido”, mas apenas “ao nível da formação”, porque, “mais do que isso, é apenas desvalorizar os nossos árbitros e as nossas competições”.