Portugal é “destino único” para dados e atrai atenção de gigantes tecnológicas

Portugal tornou-se um “destino único” para centros de dados e tem atraído a atenção de gigantes tecnológicas que se procuram estabelecer no país.

A Start Campus, empresa responsável pelo desenvolvimento do hyperscaler data centre SINES 4.0, iniciou em abril a construção da primeira fase do projeto.

Esta é uma das razões que leva um estudo da PLMJ e dos americanos da Akin Gump, promovido pela Start Campus, a considerar que Portugal é um “destino único”, que oferece “uma localização inigualável, para estabelecer este tipo de centros”.

O estudo, citado pelo Jornal de Negócios, sugere que a esperança é que “nos próximos anos, Portugal ganhe força para se estabelecer como o principal ‘hub’ para grandes empresas de tecnologia e ‘hiperescalers'”. A estrutura legal do país é também “notavelmente atraente” para estas gigantes tecnológicas.

Amazon, Facebook, Google e Microsoft são apenas alguns dos exemplos deste tipo de empresas que estão de olhos postos em Portugal.

“Portugal é um país com potencial enorme. Não só é um bom país para investir, pequeno mas dinâmico, mas tem capacidade de atrair talento internacional e efetuar trabalho para o resto da Europa ou do mundo”, disse o diretor-geral da Google Portugal, Bernardo Correia, já em 2020.

O novo estudo foca-se na atenção dada à cibersegurança e à proteção de dados. Em relação à primeira, “o ranking de Portugal aumentou exponencialmente” a nível internacional nos últimos quatro anos. Quanto à segunda, Portugal aderiu “às melhores práticas legais”, destacando-se “como uma das jurisdições mais estáveis, abertas e favoráveis aos negócios da União Europeia”.

Em declarações ao Negócios, Pedro Lomba, sócio da PLMJ, considera que o facto de Portugal não ter complicado e não ter acrescentado restrições nacionais, mantendo-se como país aberto, foi fundamental para atingir este estatuto. As leis de proteção de dados em Portugal “dão previsibilidade aos investidores internacionais”, explica.

A construção do centro de dados em Sines terá um investimento de 130 milhões de euros e conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2023. Serão criados 70 a 100 novos postos de trabalho diretos em Sines e estima-se que, durante este ano, sejam igualmente criados 400 postos de trabalho indiretos.

Daniel Costa, ZAP //

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