Se o jogo fosse, não na relva, mas nos mercados financeiros, Portugal tem o maior potencial dos 24 países participantes.
Estamos habituados a que Portugal seja melhor na bola do que na economia. Mas, em 2024, a realidade é inversa.
O Jornal de Negócios reparou que, entre os 24 países que participaram no Europeu de futebol, Portugal lidera no potencial de valorização das bolsas.
Os números recolhidos pela Bloomberg mostram o preço-alvo médio definido pelos analistas que seguem as acções das várias cotadas.
Esta análise deixa de fora Albânia, Eslováquia, Ucrânia e Geórgia – por não terem dados comparáveis – e ainda a Escócia – porque entra no mercado do Reino Unido.
O PSI, o índice de referência nacional, subiu 6,5% desde Janeiro deste ano, com destaque para os aumentos em bolsa de 45% da Galp Energia e de 36,7% do BCP.
Na verdade, o aumento de 6,5% é o segundo mais fraco entre os países que estiveram no Euro 2024. Só a França está pior (curiosamente o país que deixou Portugal fora da competição).
Mas é também por aí que mora o maior optimismo em relação ao futuro próximo do PSI: prevê-se que a grande subida ainda vá acontecer, e por isso aponta-se para uma valorização de 24% na bolsa portuguesa até Julho de 2025.
Pode superar os 8.400 pontos, bem acima dos 6.811,86 pontos actuais.
A segunda maior valorização, em princípio, será na Polónia (20%), seguida pela Turquia (19%).
Entre as maiores economias da Europa, a bolsa de França deve subir 15%, à frente do Reino Unido (14%) e de Espanha (13%) – curiosamente os dois finalistas do Europeu.
Só duas bolas devem cair ao longo do próximo ano: Roménia (-29%) e Sérvia (-10%).
Contas feitas: a Península Ibérica vence. Portugal ganha na bolsa, Espanha ganha no futebol.