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Portugal admite enviar tropas para a Venezuela

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Mário Cruz / Lusa

O ministro da Defesa disse esta quinta-feira que, se a situação na Venezuela justificar, Portugal poderá enviar tropas para o país, visando dar apoio aos portugueses. João Gomes Cravinho, vincou, contudo, que esta a medida não está ainda em cima da mesa. 

Questionado em Bucareste, na Roménia, à margem da reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), sobre se há algum plano para retirar portugueses e lusodescendentes que queiram sair do país com ajuda das forças militares, João Gomes Cravinho frisou que “isso ainda não está em cima da mesa”.

“Atualmente, isso não está em cima da mesa. Naturalmente que, se a situação o justificar, teremos de ter planos para tal”, referiu o governante, falando aos jornalistas em Bucareste, na Roménia, à margem da reunião informal dos ministros da Defesa da UE.

Questionado sobre uma possível ajuda para a saída de portugueses ou de lusodescendentes da Venezuela, dada a crise política e social no país, João Gomes Cravinho assinalou que esta “é uma matéria que tem sido discutida de forma hipotética, com outros países também, mas, por enquanto, não há nenhuma circunstância que justifique acionar”.

Estas “impressões” foram trocadas com países como França, Espanha e Itália, com os quais Portugal trabalha “de forma muito próxima”, por serem geograficamente perto e por terem a mesma “forma de trabalhar”, adiantou o responsável português da Defesa.

“Não há, neste momento, nenhum planeamento concreto, mas, naturalmente, que se se justificasse estaríamos em contacto com esses países para trabalhar em conjunto”, reforçou João Gomes Cravinho, notando que isso também aconteceria com crises semelhantes “noutras partes do mundo”.

A reunião informal dos ministros da Defesa da UE ocorre numa altura de impasse na Venezuela, nomeadamente após o ultimato europeu para eleições naquele país.

A crise política na Venezuela agravou-se há uma semana, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

ZAP // Lusa

12 Comments

  1. este sr é uma sra besta!

    mas desde quando é que Portugal se tem de imiscuir em assuntos internos de outras nações soberanas?

    quando muito pede permissão à Venezuela para ir buscar lá os seus cidadãos, cidadãos esses que na sua imensa maioria até terão dupla nacionalidade o que faz com que as coisas não sejam tão simples assim.

    mais um cromo a mandar gasolina para a fogueira num mar de ilegalidades internacionais (pela Constituição Venezuelana o fantoche que os USofA arranjaram não se pode autointitular de presidente só pq lhe apetece), como se já não chegassem os idiotas dos EUA e da UE.

    P.S. abomino tantos estes srs da democracia à bomba e à invasão de Estados soberanos qto o criminoso e assassino Maduro.

    • Se escrevesses menos e pensasses mais, não escrevias tantos disparates!
      Qualquer pessoa minimamente atenta e racional percebe que Portugal não se vai “imiscuir em assuntos internos de outras nações soberana”; quando muito (e se necessário), poderá resgatar cidadãos portugueses (ou de países “amigos”) como aconteceu, por exemplo, na Guiné!

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