Porto sem novos casos de covid-19 há 11 dias. Em Lisboa, continuam a aumentar e Costa diz que é dos testes

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A cidade do Porto não apresenta novos casos de covid-19 há 11 dias consecutivos. Desde o dia 6 de Junho que reporta a dados do dia anterior que o número de infecções na Invicta se mantém estabilizado nos 1414 casos. Em contraponto, os casos de infectados em Lisboa passaram de 2595 para 2922 e o primeiro-ministro diz que tem tudo a ver com os testes realizados.

Desde o boletim da Direcção Geral de Saúde (DGS) de 6 de Junho até ao boletim desta terça-feira, 16 de Junho, com os números da covid-19 em Portugal, que não se verificam novos casos da infecção nos municípios do Porto (que tem 1.414 casos confirmados), de Matosinhos (1.292 casos), de Gondomar (1.093 casos), da Maia (950 casos) e de Valongo (762 casos).

Em Vila Nova de Gaia, os dados da DGS indicam um aumento de apenas 8 casos neste período, passando de 1592 a 6 de Junho para 1600 a 15 de Junho.

Já em Lisboa, houve um aumento de 327 novos casos, passando de 2595 novos infectados para 2922. O município da Amadora passou de 1023 para 1290, o de Sintra subiu de 1558 para 1983 e o de Loures aumentou de 1191 para 1492.

Os últimos boletins da DGS têm apontado a região de Lisboa e Vale do Tejo como a que mais tem contribuído para o número de novos casos de covid-19 em Portugal, nalguns dias com mais de 90% das novas infecções.

Nesta terça-feira, Portugal regista 37.336 infectados, mais 300 do que na segunda-feira, dos quais 236 são na região da Grande Lisboa.

Na segunda-feira, houve 346 novos casos, 300 dos quais na região de Lisboa, representando um número de infectados que é superior ao todo nacional que foi registado no domingo.

Costa recusa “descontrolo” em Lisboa e diz que há é mais testes

Apesar da situação, o primeiro-ministro garante que não há “descontrolo da situação”.

“Se relativamente à região de Lisboa em concreto compararmos a evolução do número de testes realizados com a percentagem de casos positivos desse o início de Março até agora, verificamos que estamos sensivelmente estáveis, ou seja, não há um crescimento da pandemia nesta região”, frisa António Costa, defendendo que existem é “mais casos conhecidos” devido ao maior número de testes realizados.

“Porque há mais testes realizados, isto não indica que haja um descontrolo da situação, ou sequer um aumento da pandemia, o que se verifica é que há um melhor conhecimento da situação”, aponta o primeiro-ministro.

No Porto, a Câmara afiança que a inexistência de casos positivos na cidade não tem nada a ver com a falta ou com a realização de menos testes. “Tanto os hospitais centrais da cidade (São João e Santo António), como o centro de rastreio móvel montado no Queimódromo, quer vários laboratórios privados continuam a fazer a testagem a todos os suspeitos ou alvos de rastreios”, aponta a autarquia no seu portal oficial de notícias.

O início da pandemia em Portugal teve como principal epicentro a região do Porto. A dada altura, perante o elevado número de casos, chegou a especular-se a possibilidade de impôr uma cerca sanitária ao Porto, tal como aconteceu em Ovar.

Na região de Lisboa, a ministra Marta Temido já disse que não se justifica a imposição de uma cerca sanitária, desvalorizando o aumento de novos casos, apesar de haver concelhos que têm subidas de novos casos superiores a 60% desde que terminou o confinamento obrigatório.

Em concelhos como Amadora, Sintra e Odivelas, os índices de contágio são superiores à média nacional que é de 0,99, com valores de 1,28, 1,17 e 1,13, respectivamente.

António Costa insiste que não há razões para preocupações, frisando que “estaria preocupado se não estivesse consciente de que isto é o resultado não daquilo que são os números gerais, mas do esforço proactivo das autoridades para identificar e isolar pessoas que estão doentes”.

No dia em que os centros comerciais reabriram em Lisboa, apesar de a cidade continuar em Estado de Calamidade, o primeiro-ministro nota que após terem sido detectados “alguns focos” de infecção na região, se resolveu fazer “testagens em massa em alguns sectores de actividades, sobretudo trabalhadores que trabalham por conta de empresas de trabalho temporário e da construção civil”.

“Esse trabalho muito focado ou em alguns concelhos e algumas freguesias e bairros desses concelhos permitiu-nos ter um melhor conhecimento e isolar mais precocemente pessoas que pudessem estar infectadas”, diz Costa, notando que é isso que justifica que haja em Lisboa “uma grande concentração” de novos casos.

Em Gaia, onde a pandemia parece estar mais controlada, as autoridades municipais decidiram, nos últimos dias, encerrar o Jardim do Morro, uma zona de lazer ao ar livre, depois de terem sido sinalizados ajuntamentos de pessoas na zona. O concelho é o terceiro com mais casos confirmados no país.

ZAP //

 

29 Comments

      • Se os saloios saíssem de portugal depois que faziam os betinhos da capital?
        Comiam ar e vento…
        mas com certeza deves estar com febre…

      • Boa resposta Armindo!

        Pergunte-se entao aos filhos dela, quantas maes já tiveram e ficamos a conhecer a erudita sabedoria dos orgulhosos descendentes.

        O Porto nunca o foi apesar de o ter podido ser antes e depois da Mouraria ser Portuguesa. Certamente teriamos um Portugal menos desigual…

      • A primeira capital de Portugal foi Guimarães, portanto deve de ser Guimarães, não o reino dos mouros…

  1. Está é a boa mentalidade que temos, no Porto não a casos porque não estão a fazer os mesmos testes que Lisboa. Parabéns Podemos resolver a situação muito facilmente, parem de fazer testes em Lisboa, o culpado disto todo é que anda a fazer testes. STOP

  2. Que palhaçada de país, tudo serve para pintar Lisboa e Vale do Tejo de dourado… as outras zonas do país, aumentam, pq se fazem festas ilegais ou as pessoas são velhas e mal educadas!!!!!

    Como o meu Portugal está entregue a parasitas!

  3. A TVI afinal enganou-se quando disse que no norte eram “menos educados”. Afinal queria-se referir a Lisboa. Explicaram-se mal…

  4. Senhor Primeiro Ministro, desculpe-me, mas perdeu uma boa oportunidade de estar calado.
    Se não pensou o que disse, para a próxima pense antes de abrir a boca. Se pensou, então ocaso é grave, pois ao contrário do que julgou ser um argumento válido para justificar a sua opinião de não descontrolo da situação, foi um querer dizer que o País pode estar maioritariamente infectado, uma vez que a maior parte da população não foi testada. E a poder ser assim, Sr. Primeiro Ministro, e atendendo ao “espertismo” da população incauta com que temos de contar, estamos feitos, para não dizer palavrão mais adequado. É verdadeiramente assustador o que se pode deduzir do seu raciocínio, facto que exige intolerância relativamente a medidas a tomar e quanto ao seu cumprimento. Fale menos e faça e imponha mais.

    • O país não está todo infetado porque no norte já não há muito vírus a circular, exceto migrantes da capital. e essa teoria da imunidade de grupo é treta. Quem teve teve, quem não teve safou-se mas não está livre de ter. Só os rambóias de lisboa é que não respeitaram o confinamento e puseram-se com sardinhadas e apalpanços e agora começa a escalada. Amanhã 600 casos, 500 em lisboa. Isto porque andaram a dar ouvidos a um estatístico da treta de nome (Pedro) André Dias (Açores, de apelido?) que anda a dizer que quem morre é porque ia morrer de qualquer maneira, e que o vírus é fraquinho, o confinamento é cavala política e quejandos…lunático é pouco…

  5. Estou em crer que depois do vírus subir de nível para a zona chique e administrativa incompetente de Lisboa não irá querer regressar a zona pobre dos trabalhadores competentes do Porto e zona norte… A menos que os chiques venham visitar os pobres do norte…. A incompetência tem o seu custo

  6. Porto todos distritos norte deixaram fazer teste covid19 em massa, tudo alavancar económica, sou de Lisboa resultados sao reais fazer mais testes, tudo bem aqueles testes ranhosos vieram da china, dao maioria das vezes covid19 positivo vieram para capital, mas deixa estar governo sns nao vai esquecer de norte tou ver festa Sao João se vao ajuizados respeito sanitário, distrito Porto e arredores foram pioneiro continua ser ter mais infectados covid19 de Portugal

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