FC Porto “continua a ser pequenino” e “no nosso pequeno Portugal” só se vai falar do Taremi

Sérgio Conceição lamentou o facto de que, em Portugal, apenas se vai dar atenção ao lance polémico da expulsão de Taremi e não à exibição dos portistas.

Hermoso abriu a contagem, Uribe restabeleceu o empate e, na última jogada, um cabeceamento de Griezmann valeu os três pontos para os colchoneros. Rude golpe para os ‘dragões’, que controlaram grande parte das incidências, criaram as ocasiões mais claras, mas pecaram no momento da finalização.

No final do encontro, o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, abordou a expulsão de Taremi e a qualidade do plantel do Atlético Madrid.

“Hoje não é a primeira vez, aconteceram alguns episódios nesta prova, que se sente… Somos a terceira equipa com mais jogos nesta competição, mas não se sente esse peso. É importante em Portugal. Sei que tudo o que não seja o FC Porto vai servir para criticar, para amassar, para não se falar da boa exibição, mas para se falar do Taremi e dos números, da derrota por 2-1. E não é justo”, começou por dizer Conceição.

“Não damos valor ao que é nosso, ao nosso produto, ao que fazemos. Tinha no banco quatro ou cinco da equipa B, estrearam-se três na competição, olhamos para o lado e o Atlético tinha jogadores que estão aqui há sete, oito, dez ou doze anos. Sei que no nosso pequeno Portugal, tão bonito e com tantas coisas boas, com tantas coisas boas, se vai falar do que lhes convém, que é do Taremi e da derrota. É isto que eu queria dizer”, acrescentou.

Conceição considerou ainda que, pelo que a equipa fez, “merecia sair daqui com vitória” e que até “o empate era mau”.

Quanto ao segundo golo do Atlético Madrid, o treinador portista revela que o quarto árbitro lhe tinha que o tempo já tinha terminado antes de o canto ser batido.

“Fizemos o golo e o árbitro disse que ia dar mais um minuto além dos 9. Depois marcaram aos 10 minutos e 20 segundos. Quando deu canto, o quarto árbitro disse-me que o tempo tinha acabado. Devia ter acabado o jogo antes de marcarem o canto”, entende o técnico ‘azul e branco’.

“Continuamos a ser pequeninos em relação a outras potências e outras realidades. Já eram descontos de descontos. Disse que ia dar mais um minuto, não percebo o critério. Tinham-me dito que o tempo tinha acabado, trinta segundos antes. No peso das decisões, apesar de sermos a terceira equipa com mais presença nesta competição, sentimos que é diferente. Não temos o peso de alguns tubarões e isso nota-se. Não vale a pena falar mais, estou de tal forma revoltado e triste”, acrescentou.

Esta quinta-feira, na newsletter Dragões Diário, o emblema portista também abordou a questão do segundo golo marcado para lá do tempo de compensação dado pelo árbitro.

“O Atlético adiantou-se aos 92′, mas Uribe empatou, na conversão de um penálti, aos 96′. O árbitro, no entanto, só apitou para o fim depois de os espanhóis marcarem novamente: aos 101, no exato último segundo do jogo, dois minutos para lá dos nove que eram o tempo de compensação, surgiu o 2-1. A injustiça estava consumada”, lê-se.

Daniel Costa, ZAP //

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